Países do sul da Europa impulsionam crescimento do transporte aéreo no continente

A Bain & Company começou, em maio de 2020, a fazer previsões regulares sobre a forma como a procura na aviação recuperaria dos efeitos da Covid-19. Desde então, esta análise infográfica evoluiu para passar a ter em conta outros fatores decisivos neste contexto: crescimento macroeconómico, rendimento disponível e custos da mitigação de carbono (CO2).

Perspetivas para o final do segundo trimestre (Q2) de 2024:

A procura anual de viagens aéreas está no bom caminho para ultrapassar o total de 2019 este ano, medida pela receita por passageiro quilómetros (RPK, da sigla em inglês). Como esperado, a procura no primeiro trimestre deste ano excedeu os níveis pré-pandemia. Até 2030, a Bain & Company prevê que a RPK global atinja os 11,4 biliões no nosso cenário de base – i.e., 136% do volume de 2019. Porém, vários fatores contribuíram para alterações nas previsões para regiões e países específicos.

As perspetivas de procura intrarregional na Europa aumentaram cerca de 1%, o equivalente a pouco mais de mil milhões de dólares em receitas. Prevê-se que a maior parte do crescimento venha dos países do sul da Europa, Turquia, Espanha e Itália.

A Bain & Company continua a antecipar um crescimento significativo da procura intrarregional na Ásia – um aumento de 55% entre 2019 e 2030. Ainda assim, a procura estimada caiu cerca de 5% face à nossa atualização anterior devido a uma ligeira queda nas previsões macroeconómicas da região e a um desempenho mais fraco do que o esperado no trimestre anterior.

“Estimamos que as atuais medidas de descarbonização da indústria vão resultar num aumento líquido de 3,4% nas suas emissões globais de CO2 até 2030 face aos níveis de 2019. Isto baseia-se na perspetiva de que uma redução de 23% nas emissões de CO2 por RPK (graças à renovação da frota e à utilização de combustível sustentável para a aviação) é mais do que compensada por um aumento de 36% no RPK global”, refere em comunicado.

“Assim, segundo prevê ainda consultora estratégica, seria necessário um imposto adicional sobre o carbono equivalente a 5% dos preços médios dos bilhetes em todo o mundo para que a indústria mantivesse o seu volume de emissões de C02 de 2019 em 2030”, concluiu.

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