Os livros que influenciaram os líderes: Jorge Magalhães Correia, Presidente do Conselho Administração da Fidelidade
por: Jorge Magalhães Correia, Presidente do Conselho Administração da Fidelidade
Sobretudo por influência paterna, entre os 10 e os 16 anos, li ativamente muitos dos autores clássicos de referência da literatura juvenil e mundial. Foram muitos e diversificados, pelo que, sem pensar muito, ao correr da pena, mencionarei apenas dois ou três exemplos que me ocorrem de forma espontânea, sem qualquer preocupação de ser exaustivo ou sistemático.
É o caso, desde logo, de A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson Através da Suécia, livro de 1906 e que li por volta dos 10 anos de idade, da famosa escritora sueca (e prémio Nobel) Selma Lagerlöf. A qualidade poética da obra, a celebração do equilíbrio entre o Homem e a Natureza, mas sobretudo a exaltação do trabalho e dos valores de integridade e da solidariedade, terão sido, creio eu, mensagens interiorizadas no momento certo.
Depois, logo a seguir, veio Moby Dick, de Herman Melville, um clássico da literatura americana, um livro estranho mas envolvente, de uma enorme criatividade, no fundo uma extensa fábula sobre a derrota da obsessão como modelo enfrentar a adversidade. Gestão é criatividade; não obsessão.
E, desses tempos de leitor iniciado, tenho ainda de recordar David Copperfield, Tempos Difíceis ou Oliver Twist, e todas as denúncias de Charles Dickens sobre as condições difíceis dos trabalhadores na sociedade industrial, memória que devemos ter presente quando temos de gerir em contextos que por vezes acentuam situações de precariedade. Sem falar na magnífica frase de abertura de A Tale of Two Cities, frase escrita em 1859 por Charles Dickens, que trago sempre na bagagem pela sua grande atualidade e intemporalidade: “It was the best of times it was the worst of times, it was the age of wisdom it was the age of foolishness, it was the epoch of belief it was the epoch of incredulity, it was the season of light it was the season of darkness, it was the spring of hope it was the winter of despair…”