Onlyfans: Como é que a plataforma se tornou uma mina de ouro de 3,6 mil milhões de euros?
Fundado em 2016, o OnlyFans transformou-se de uma plataforma quase desconhecida num fenómeno global em poucos anos, principalmente devido ao conteúdo adulto. Tim Stokely, o empreendedor britânico por detrás da criação da plataforma, lançou-a com a ideia de permitir que criadores vendessem conteúdo exclusivo através de uma rede com funcionalidades semelhantes às redes sociais, mas com a adição de um botão de pagamento.
Embora o site não tenha sido inicialmente direcionado para a indústria de entretenimento adulto, acabou por se destacar nesta área, resultando num aumento expressivo de transações.
Um marco decisivo ocorreu em 2018, quando o empresário americano Leonid Radvinsky, já conhecido pela sua experiência na indústria de entretenimento para adultos, adquiriu uma participação de 75% na plataforma, passando a deter o controlo total pouco depois. Desde então, o OnlyFans viu uma ascensão meteórica. Em 2023, a Fenix International, empresa-mãe do OnlyFans, registou receitas de 1,2 mil milhões de euros e lucros de 447 milhões de euros, enquanto mais de 305 milhões de utilizadores gastaram 6 mil milhões de euros em assinaturas no site. A plataforma leva uma comissão de 20%.
Recentemente, o sucesso do OnlyFans gerou a Radvinsky um dividendo de 435 milhões de euros em 2023, consolidando a sua fortuna, agora estimada em 3,8 mil milhões de euros e garantindo-lhe um lugar entre os 400 americanos mais ricos, de acordo com a Forbes.
O crescimento do OnlyFans foi impulsionado pela pandemia de Covid-19, que fez disparar as subscrições. A empresa também beneficiou da adesão de celebridades como Cardi B e Bella Thorne, que usaram a plataforma para se conectar com os fãs. No entanto, o sucesso da plataforma não foi imune a controvérsias: em 2021, o OnlyFans tentou banir conteúdos sexualmente explícitos devido a restrições impostas pelos bancos, mas rapidamente reverteu a decisão face à forte reação dos utilizadores.
A empresa continua a expandir-se e já lançou uma plataforma de streaming, a OFTV, com conteúdo no estilo YouTube.