OE2021: PCP só define sentido de voto pelo “conteúdo concreto” e não por “intenções”

O PCP reiterou hoje que o sentido de voto no Orçamento do Estado para 2021 vai depender do “conteúdo concreto” do documento e da correspondência às medidas que tem defendido, e não das “intenções” afirmadas pelo Governo.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, ainda antes de a proposta ser entregue, Duarte Alves sistematizou algumas das propostas pelas quais o PCP se tem batido e que, assegurou, se “irá continuar a bater durante e para além da discussão orçamental”: o aumento de 10 euros nas pensões já a partir de janeiro, o alargamento do acesso, montante e duração do subsídio de desemprego ou o pagamento de um suplemento remuneratório de 20% a todos os trabalhadores dos serviços essenciais que têm estado no combate à covid-19.

Questionado se o PCP está disponível a dar o seu contributo para viabilizar o documento na generalidade, uma vez que a proposta ainda não tem aprovação garantida, Duarte Alves remeteu a definição do sentido de voto para depois da verificação do documento.

“Independentemente das intenções afirmadas pelo Governo e da abertura para a consideração deste ou daquele aspeto de algumas dessas medidas, a avaliação do posicionamento do PCP sobre a proposta de Orçamento do Estado serão determinados em função do seu conteúdo concreto e da sua correspondência com essa resposta que é necessária e pela qual o PCP se bate”, defendeu.