Nomeação de adjunta do ministro das Finanças causa polémica: deputada do PSD está a ser julgada em caso de alegada fraude de quase 10 milhões de euros

Joaquim Miranda Sarmento, novo ministro do Estado e das Finanças, convidou Patrícia Dantas, ex-deputada do PSD eleita pela Madeira, para sua adjunta: no entanto, relatou esta terça-feira o ‘Correio da Manhã’, a madeirense está em julgamento por um alegado crime de fraude na obtenção de subsídio.

Patrícia Dantas foi acusada pelo Ministério Público em 2018 no âmbito do megaprocesso da Associação Industrial do Minho, entretanto extinta. As autoridades suspeitam que a nova adjunta do ministro terá emitido faturas falsas para obter fundos europeus.

No megaprocesso estão envolvidos 120 arguidos, que respondem por crimes como associação criminosa, fraude na obtenção de subsídios, burla qualificada, branqueamento de capitais, falsificação e fraude fiscal qualificada, remontando os factos ao período entre 2008 e 2013.

Foram investigadas 109 operações distintas cofinanciadas por fundos europeus e pelo Orçamento do Estado, tendo sido apurada a existência de uma vantagem ilícita obtida pelos arguidos de mais de 9,7 milhões de euros.

Não é a primeira vez que o nome de Patrícia Dantas causa polémica: em 2023, quando foi indicada pela direção da bancada parlamentar do PSD para fazer parte da comissão de inquérito à gestão da TAP, chegou mesmo mesmo a suspender o mandato sempre que tinha de se deslocar a tribunal – chegou a fazê-lo um dia por semana com frequência.

Patrícia Dantas começou funções esta segunda-feira no gabinete de Joaquim Miranda Sarmento e vai fazer a ponte entre o ministério e o Parlamento.

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