Navios de guerra, caças de combate, 40 mil soldados: NATO convoca maior exercício militar de sempre para simular III Guerra Mundial

A NATO vai realizar exercícios militares de uma magnitude sem precedentes: o ‘Steadfast Defender 2024’ pretende ser uma “demonstração clara de unidade e força transatlântica e da determinação de continuar a fazer tudo o que for necessário para a proteção mútua dos valores e da ordem internacional baseada em normas”, apontou a aliança atlântica, em comunicado.

Vão participar 40 mil soldados de todos os membros da aliança, assim como da Suécia, que espera ainda a conclusão do seu processo de adesão, em território alemão, polaco e báltico, assim como no Mar do Norte. O objetivo? Simular um possível ataque a um membro da NATO por parte de um inimigo fictício chamado ‘Occasus’, com relativas semelhanças com a Rússia.

A precisão e a magnitude dos exercícios militares sugerem que o seu objetivo excede em muito o de um exercício de rotina: é esperado o desenvolvimento de pelo menos 500 operações de combate aéreo.

O exercício utilizará dados geográficos do mundo real para torná-lo o mais realista possível para o treino das tropas, tornando-o o primeiro do género no que diz respeito à capacidade técnica.

Ainda não há a publicação da estrutura final do exercício, mas o Reino Unido confirmou que pretende destacar 20 mil soldados em toda a Europa de Leste, entre fevereiro e junho, e que a Marinha Real vai fornecer oito navios de guerra e submarinos, além de 2 mil fuzileiros, acompanhados por caças F-385B e helicópteros que vão acompanhar fragatas e destroyers no Atlântico Norte, no Mar da Noruega e na região do Báltico.

“Haverá manobras de fogo real, saltos de paraquedas, uma força conjunta de helicópteros do exército e da marinha e forças de operações especiais do exército em implantação”, afirmou o Ministério da Defesa do Reino Unido, em comunicado. “O Exército Britânico será destacado para testar e reforçar a prontidão das forças terrestres do Reino Unido na defesa da NATO e para reforçar a sua capacidade de operar em conjunto com as forças armadas aliadas.”

A NATO pretende passar de uma resposta à crise para uma aliança de combate, mudando a sua estratégia de treino militar para dois grandes exercícios todos os anos, em vez de um, e aumentando o número de forças de alta prontidão de 40 para mais de 300 mil combatentes.

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