«Não escondemos números para ter cá a Champions», diz Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta quarta-feira que «não escondemos números para ter cá a Champions».

O primeiro-ministro, recorde-se, considerou, na passada quarta-feira, que a escolha de Lisboa pela UEFA para receber a final da Liga dos Campeões é um «prémio merecido aos profissionais de saúde», que demonstraram que o país tem um Serviço Nacional de Saúde «robusto para responder a qualquer eventualidade».

Esta quarta-feira, Marcelo voltou também a frisar que «não existe descontrolo» na Área Metropolitana de Lisboa. Em termos gerais, «tem havido uma estabilização, entre 200 e 400, infectados, e um aumento do número de testes nas últimas semanas», como está a ser feito na área da construção civil, «e isso não pode ser esquecido».

«A região Norte tem um R superior a Lisboa e Vale do Tejo e região Centro e ao mesmo tempo não há um aumento, há estabilização do número de infectados na região de Lisboa e Vale do Tejo, embora com surtos também noutras regiões», disse, numa referência a «surtos pontuais» na região do Alentejo, do Algarve e «até no Porto.

Porém, em declarações à rádio “Renascença”, o director de infecciologia do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, defendeu que a situação em Lisboa está «descontrolada» e que se o desconfinamento tivesse sido «de uma forma mais gradual, teria evitado esta subida dos números».

Na véspera do Conselho de Ministros publicar a lista de freguesias da Grande Lisboa que continuam em situação de calamidade para lá de 28 de Junho, especialistas, políticos e parceiros sociais reuniram-se esta quarta-feira, pela nona vez, na sede do Infarmed, em Lisboa, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

Além do Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro, participaram na sessão os líderes dos partidos políticos com representação parlamentar, as confederações patronais, as estruturas sindicais e os conselheiros de Estado por videoconferência. Juntam-se epidemiologistas da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e da Escola Nacional de Saúde Pública.

Neste momento, Portugal contabiliza 1.543 óbitos associados ao novo coronavírus num total de 40.104 casos de infecção, mostram os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira. Segundo a DGS, a região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza já 17.527 casos, tendo ultrapassado o Norte (17.339).

*Notícia actualizada com mais informação às 14:56

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