Movimento 8% mantém posição crítica sobre investimento na Ciência em Portugal

O Movimento 8% não altera a sua posição crítica face ao estado do investimento na Ciência em Portugal, apesar da abertura da 4.ª edição do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico em Portugal por parte da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). “Vamos manter a presente posição e fomentar a discussão sobre o baixo financiamento dos concursos gerais de contratos e projetos em todas as áreas científicas”, certifica João Filipe Oliveira, porta-voz do Movimento, em respostas a questões enviadas por e-mail.

“O reforço do concurso individual é sem dúvida um aspeto positivo, apesar de pecar pela falta de indicação da estratégia subjacente a esta decisão”, acrescenta. “Esse aumento do número de posições fica aquém de edições anteriores (500 contratos na 1.ª Edição do CEEC) e, pelas nossas contas, será ainda insuficiente: na 3.ª Edição do CEEC individual foi recusado o contrato a 144 investigadores que obtiveram mais de 9,0 em 10 pontos possíveis, o que é uma avaliação excelente”, revela.

“Por outro lado há uma redução do número de contratos no CEEC institucional, que visa proporcionar estabilidade e integração na carreira de investigação nas instituições. Assim, apesar de não termos informações sobre o número de contratos que foram efetivamente celebrados para integrar investigadores de excelência na carreira na primeira edição do CEEC institucional, parece-nos que a redução de posições neste Concurso de Estímulo ao Emprego Científico falha o seu objetivo principal”, conclui.

O Movimento 8% contestou os resultados da taxa de aprovação da terceira edição do concurso (8,2%), reclamando investimento urgente na Ciência em Portugal.