Milhares de pessoas adoecem no Paquistão devido a elevados níveis de poluição

Os altos índices de poluição estão a adoecer dezenas de milhares de paquistaneses nos últimos meses, sobretudo na região de Lahore.

A poluição do ar piorou no Paquistão nos últimos anos, conforme uma mistura de gases de diesel de baixa qualidade, fumo de queimadas das colheitas sazonais e temperaturas mais frias do inverno fizeram aglutinar em nuvens estagnadas de poluição atmosférica.

Lahore é a que mais sofre com a poluição tóxica, sufocando os pulmões de mais de 11 milhões de residentes durante o inverno. Ps níveis de poluentes PM2,5 – micropartículas causadoras de cancro que entram na corrente sanguínea através dos pulmões – foram considerados perigosos em Lahore, mais de 66 vezes os limites de perigo da Organização Mundial da Saúde.

Para combater a poluição, o Governo paquistanês utilizou aviões específicos para semear nuvens, que sobrevoaram 10 áreas da cidade, muitas vezes classificada como um dos piores locais a nível mundial em termos poluição atmosférica – as autoridades paquistanesas fecharam escolas e mercados e a implementaram chuva artificial devido ao agravamento dos níveis de poluição atmosférica.

Lahore, há muito conhecida como a “cidade dos jardins” verde do Paquistão, é agora a cidade mais poluída do país. Atualmente, está regularmente no topo das classificações globais de poluição atmosférica, segundo dados da empresa suíça de tecnologia ‘IQAir’, que monitoriza mais de 7 mil cidades em todo o mundo. Os 11 milhões de residentes de Lahore podem estar a perder mais de sete anos de esperança média de vida devido à má qualidade do ar, segundo uma estimativa da Universidade de Chicago.

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