Miguel Pina Martins (Science4you): «Muito mais que o lucro, o desafio é sobreviver»

A submissão, discussão e aprovação do Orçamento do Estado (OE) é um dos momentos mais importantes do ano. Em tempo de pandemia, assume um papel ainda mais crucial no rumo da vida dos portugueses, uma vez que determina quais os gastos considerados para efeito de IRS, qual o valor mínimo do subsídio de desemprego ou a dimensão da carga fiscal para as empresas, por exemplo.

A Executive Digest quis saber qual a perspectiva dos líderes de companhias de áreas tão diferentes como Farmacêuticas, Telecomunicações ou Agroindústria relativamente ao Orçamento do Estado 2021. É um dos mais difíceis de executar? Serve os interesses das empresas?

Miguel Pina Martins, CEO da Science4you

Devido à pandemia de COVID-19, considera que este Orçamento do Estado é o mais difícil de executar?

Sem dúvida nenhuma, será um desafio executar e fazê-lo. O nosso país tem uma dívida já muito alta para gerir, o que não facilita as escolhas que se têm de tomar quando é para apoiar as famílias e economia.

Quais são os riscos/desafios que antecipa para o próximo ano?

Penso que vai ser um ano extremamente desafiante. O desemprego irá continuar a aumentar, o turismo não vai voltar ao que foi em 2019 e vai sentir-se mundialmente uma quebra no consumo. O grande desafio é as empresas conseguirem superar estas dificuldades para que quem fique consiga sobreviver!

Quais considera serem as medidas essenciais para famílias e empresas?

Conseguir manter os rendimentos das famílias e as empresas conseguirem manter-se. O desafio para as empresas que estão nos sectores mais afectados com o Retalho, Restauração, Eventos, Cultura e Turismo, muito mais do que o lucro é sobreviver e passar esta crise para conseguirem estar mais fortes no regresso à “normalidade”.

 

Ler Mais