Meta enfrenta acusações de tráfico humano e trabalho forçado no Quénia. Denúncia foi feita por ex-funcionário

Um ex-moderador de conteúdos do Facebook no Quénia abriu um processo judicial contra a Meta, dona dessa rede social, por tráfico humano, trabalhos forçados e por violar o direito dos trabalhadores para formarem associações sindicais.

Avança o ‘Business Insider’ que Daniel Motaung esteve ao serviço da Sama, uma empresa norte-americana contratada pelo Facebook para fazer moderação de conteúdos, e que já entregou uma petição num tribunal do trabalho no Quénia.

Motaung afirma que, quando iniciou funções da Sama, não sabia que iria trabalhar para o Facebook, nem que teria de visualizar conteúdos gráficos e violentos, tarefa que, alegadamente, fizeram com que fosse diagnosticado com stress pós-traumático. Além disso, o ex-funcionário explica que os anúncios de emprego induziam em erro os candidatos, que não sabiam que iriam desempenhar de funções de moderação de conteúdos ao serviço do Facebook.

A petição afirma, de acordo com o mesmo órgão de comunicação social, que isso se constitui como tráfico humano à luz da lei queniana.

Motaung disse também que teria sido despedido depois de ter tentado criar um sindicato de trabalhadores que faziam moderação de conteúdos. Agora, o ex-funcionário exige que a Meta e o Facebook devem prestar serviços de apoio psicológico aos moderadores de conteúdos e pagar salários equivalentes aos que são pagos aos trabalhadores a tempo inteiro do diretamente empregados pelo Facebook.

Em fevereiro, a revista TIME publicou uma reportagem que revelava que os trabalhadores da Sama estariam a receber salários acima dos mínimos e que muitos teriam desenvolvido problemas de foro psicológicos, como ansiedade e depressão, fruto do visionamento massivo de conteúdos violentos. O artigo dava já conta de que Daniel Motaung teria sido despedido depois de ter tentado formar uma associação de trabalhadores da Sama.

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