Meo tem “ativos muito fortes” para combater Digi, admite o CFO da Altice

O administrador financeiro (CFO) do grupo Altice afirmou hoje que ainda é cedo “para tirar qualquer conclusão importante” da entrada da Digi, mas disse acreditar que a Meo tem “ativos muito forte para combater o novo entrante”.

Malo Corbin falava na conferência telefónica com analistas a propósito dos resultados do terceiro trimestre da Altice International.

A Digi entrou no mercado português “há apenas alguns dias”, pelo que é “um pouco cedo para tirar qualquer conclusão importante”, começou por dizer.

“Embora vejamos que os preços da Digi são realmente baixos em comparação com o mercado” em geral, “antecipamos isso” e “procuramos permanecer competitivos enquanto fizer sentido”, prosseguiu Malo Corbin.

A Meo tem uma submarca chamada Uzo “que usaremos para combater o novo entrante”, mas “é importante recordar que a Meo tem uma série de diferenciadores chave importantes que marcam o caminho no mercado português”, acrescentou, enumerando.

Primeiro, as redes da Meo são “nacionais e de muita alta qualidade, o que não é verdade para os nossos concorrentes”. Depois, “num mercado onde pacotes 3P e 4P são cruciais, lideramos com a melhor oferta”, apontou.

Em terceiro, “oferecemos o melhor serviço ao cliente, razão pela qual temos o menor número de reclamações por serviço”, referiu, citando os dados do regulador Anacom.

E por fim, “temos uma larga oferta de conteúdo de televisão, que os outros não têm”.

Malo Corbin considerou ainda que a oferta Meo Energia poderá ajudar na adesão de clientes.

Portanto, “é um pouco cedo para entrar em detalhes sobre como iremos reagir” e isso também “vai depender do que os nossos concorrentes estão a fazer”, a NOS e a Vodafone.

“Mas continuamos a acreditar que temos ativos muito fortes na Meo para combater o novo entrante”, rematou.

O novo produto de energia da Meo, a Meo Energia, é um produto que a operadora já vende “há alguns trimestres”, além dos produtos de telecomunicações.

Esta continua a ser uma atividade “pequena, mas extremamente promissora”, considerou, a qual poderá dar um “impulso muito forte” no desempenho da operadora da Altice Portugal nos próximos trimestres e anos e ajudar a rentabilidade dos ativos portugueses.

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