Qual seria o impacto nos EUA de um ataque nuclear? Especialista avança com milhões de mortes nas principais cidades americanas

As tensões globais têm aumentado e a ameaça de um guerra nuclear entre Rússia e o Ocidente começa a invadir o imaginário das pessoas. Em setembro último, Putin reduziu o limite do uso de armas nucleares ao dizer que a Rússia “consideraria a possibilidade de usar armas nucleares ao receber informações confiáveis ​​sobre um lançamento massivo de meios de ataque aeroespacial e a sua travessia da fronteira do nosso estado”.

“Isso inclui aeronaves estratégicas e táticas, assim como mísseis de cruzeiro e drones, veículos hipersónicos e outros veículos de entrega. A Rússia reserva-se o direito de usar armas nucleares em caso de agressão, inclusive se o inimigo usar armas convencionais que representem uma ameaça crítica”, revelou o presidente ucraniano.

A revista ‘Newsweek’ usou mapas produzidos por Alex Wellerstein, professor e historiador de tecnologia nuclear, para avaliar o impacto de um ataque russo, com os seus R-36M2 – também conhecido como SS-18 Satan -, um dos maiores e mais poderosos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) já construídos, que pode produzir o equivalente a 200 megatons de explosivos TNT e com um alcance de 16 mil quilómetros.

Os números são trágicos: é expectável que morram 1.638.140 pessoas em Washington DC, 5.458.130 em Nova York e 2.758.790 em Los Angeles.

O raio da bola de fogo (círculo amarelo interno), no qual tudo seria vaporizado pelo calor intenso a milhões de graus Celsius, alcançaria cerca de subindo a milhões de graus F, alcançaria cerca de 39,1 quilómetros quadrados – já o raio de dano da explosão mais moderado (círculo cinza interno) cobrindo 1.144,8 quilómetros quadrados da explosão, que destruiria prédios residenciais e causaria incêndios generalizados.

Qualquer pessoa dentro de um raio de 6.112 quilómetros quadrados da explosão (raio de radiação térmica: círculo laranja mais largo) correria o risco de sofrer queimaduras de terceiro grau na pele, “geralmente indolores porque destroem os nervos da dor”, o que pode causar cicatrizes graves, incapacidade e exigir amputação.

E qual seria o efeito nas principais cidades americanas?

Washington DC – na capital dos EUA, haveria 6.077.683 pessoas no alcance total da explosão (todos os quatro círculos) da detonação simulada, 1.638.140 morreriam e 2.029.390 sofreriam ferimentos. O raio da bola de fogo incluiria o Capitólio.

Nova Iorque – durante 24 horas, 16.250.858 pessoas em média estariam presentes no alcance total da explosão (todos os quatro círculos) da detonação simulada. Estima-se que 5.458.130 pessoas morreriam e 5.601.470 sofreriam ferimentos.

Los Angeles – cerca de 2.758.790 morreriam e 4.369.390 ficariam feridos. Em qualquer período de 24 horas, há em média 12.092.715 pessoas no alcance total da explosão da detonação simulada.

Chicago – em qualquer período de 24 horas, há em média 7.616.006 pessoas no alcance total da explosão da detonação simulada em Chicago. Haveria uma estimativa de 1.991.320 fatalidades e 2.543.730 feridos.

Houston – 1.238.500 morreriam e 1.995.390 sofreriam ferimentos.

Phoenix – cerca de 972.050 morreriam em Phoenix e 1.475.300 sofreriam ferimentos. Em qualquer período de 24 horas, há em média 3.878.156 pessoas no alcance total da explosão da detonação simulada.

Filadélfia – estima-se que 1.657.670 pessoas perdessem as suas vidas em Filadélfia, onde há, em média, 5.930.872 pessoas no alcance total da explosão – cerca de 1.998.420 sofreriam ferimentos.

San Antonio – haveria uma média de 2.066.944 pessoas no alcance total da explosão, onde 761.840 morreriam e 754.110 sofreriam ferimentos.

San Diego – cerca de 968.640 morreriam em San Diego, enquanto 1.695.900 sofreriam ferimentos. Há em média 4.528.572 pessoas no alcance total da explosão.

Dallas – 1.045.700 morreriam e 1.957.170 sofreriam ferimentos neste cenário.