Meio ano de covid-19: o que marcou o início do ‘novo normal’?

Os primeiros dois casos de covid-19 em Portugal foram registados precisamente há seis meses, no dia 2 de Março. Estamos, por isso, há meio ano a conviver com o novo coronavírus. O que marcou o início do ‘novo normal’?

No dia em que se registaram os primeiros dois casos de infecção, no Porto, o Governo lançou o despacho que colocou os funcionários públicos em teletrabalho, que depois foi alargado a outros trabalhadores e empresas e veio mudar a forma como encaramos o trabalho.

Dois dias depois, a 4 de Março foi lançada a primeira linha de crédito para apoio a empresas, no valor de 100 milhões de euros, indica o jornal Público, que fez um balanço dos seis meses de pandemia.

O distanciamento social, o desinfectante e as máscaras passaram a ser uma realidade desde cedo, apesar de a Direcção-Geral da Saúde (DGS) apenas ter recomendado o uso generalizado de máscara mais tarde, a 13 de Abril.

As aulas virtuais, ou a telescola, passaram a ser a nova forma de ensino para muitos estudantes. Os estabelecimentos escolares foram encerrados a 12 de Março, como anunciou o primeiro-ministro, António Costa. Nesse dia, fecharam também as discotecas, foram condicionadas as visitas aos lares e foi limitado o número de pessoas em centros comerciais e restaurantes.

Depois, a 19 de Março foi decretado o Estado de Emergência. Apenas serviços essenciais, como supermercados, mercearias, farmácias, restaurantes em serviço take-away, padarias, peixarias e talhos ficaram abertos.

O receio de sair à rua e o isolamento social generalizou-se.

A concentração de esforços por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no combate à pandemia colocou em segundo plano outros serviços hospitalares e levou ao adiamento de exames essenciais e de cirurgias. No entanto, a decisão de diminuir o tratamento de doentes “não-covid” não coube apenas às autoridades médicas – os próprios pacientes afastaram-se dos hospitais, devido ao receio de contágio.

Desde cedo, o governo tentou compensar a crise económica com o layoff, no entanto, a pandemia, cujas consequências ainda estão por apurar, abalou profundamente a economia nacional.

Há seis meses que vivemos uma realidade completamente diferente da pré-pandémica, no entanto, perante a imprevisibilidade da covid-19, sabemos que vamos ter de aprender a viver com o vírus durante mais tempo, como lembrou ontem António Costa.

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