Marcelo diz que «há mais mobilidade de quem é jovem» mas pede a todos «respeito pelas normas sanitárias»
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quarta-feira que «não é preciso ser sociólogo para entender que é preciso haver mais mobilidade de quem é mais jovem do que quem é menos».
Isto, continuou, «é tomado em linha de conta, sem aspectos recriminatórios», mas «tendo em consideração, como outras faixas etárias não devem nunca esquecer o respeito pelas normas sanitárias básicas», nomeadamente o uso de máscara que, «muitas vezes, é feito com displicência no espaço públicos». Mas «isso é universal e não é específico dos jovens».
Marcelo disse também que continuam a existir «perguntas sem respostas em todo o mundo», desde logo para a própria Organização Mundial de Saúde. «A procura de respostas faz parte da própria lógica de não se terem encontrado medicamentos, do caminho da procura de vacinas ser lento e de existirem questões científicas que não dão resposta», afirmou. Os portugueses, acrescentou, «têm de ter noção que esta é uma realidade ainda não concluída. Vivemos com ela e com muitas perguntas sem respostas».
O chefe de Estado confirmou ainda que «sabe-se que há supertransmissores» e «tem-se trabalhado» na procura de respostas. «Na reunião de hoje foi falado isso», sublinhou.
Na véspera do Conselho de Ministros publicar a lista de freguesias da Grande Lisboa que continuam em situação de calamidade para lá de 28 de Junho, especialistas, políticos e parceiros sociais reuniram-se esta quarta-feira, pela nona vez, na sede do Infarmed, em Lisboa, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.
Além do Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro, participaram na sessão os líderes dos partidos políticos com representação parlamentar, as confederações patronais, as estruturas sindicais e os conselheiros de Estado por videoconferência. Juntam-se epidemiologistas da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e da Escola Nacional de Saúde Pública.
Neste momento, Portugal contabiliza 1.543 óbitos associados ao novo coronavírus num total de 40.104 casos de infecção, mostram os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira. Segundo a DGS, a região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza já 17.527 casos, tendo ultrapassado o Norte (17.339).
*Notícia actualizada com mais informação às 14:50