Marcelo concorda com generais das Forças Armadas que denunciam situação “gravosa” e “insustentável”

O Grupo de Reflexão Estratégica Independente (GREI), que junta generais na reserva e reforma, do Exército, Força Aérea e Marinha, enviou uma carta em que alerta o Presidente da República, o Ministério da Defesa e os partidos para a situação “gravosa” e “insustentável” nas Forças Armadas.

Segundo avança o Diário de Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu e leu a missiva e respondeu. “Já recebi agradecendo o testemunho reiterando anteriores intervenções do GREI e que, em várias facetas, exprimem preocupações por mim expressas e, ainda recentemente, no dia da Academia Milita”, diz o presidente ao jornal.

Na carta o GREI apela a que aproveite a “comemoração do cinquentenário da Revolução de Abril, neste ano de 2024, como um excelente pretexto para em complemento dos discursos de circunstância, olhar para as Forças Armadas com a dignidade, a importância e o espaço próprio, que lhes é devido na Sociedade Portuguesa”.

Confrontada com a carta, o gabinete da ministra de Defesa Helena Carreiras aponta que “os dados provisórios revelam que 2023 terminou com um efetivo global inferior ao registado em 2022”, sublinhando que a falta de militares em certas categorias é “em Portugal, como noutros países, um problema estrutural que persiste”.

A tutela diz que a realidade de redução de efetivos militares não é ignorada e “constitui objeto de ação prioritária do Ministério da Defesa Nacional (MDN)”.

Na resposta enviada ao GREI, o ministério informou para “um conjunto articulado de medidas tomadas em diferentes planos: remunerações, carreiras e recrutamento, condições de prestação de serviço e de apoio, valorização profissional”.

Estão previstos aumento do suplemento da condição militar de 30 para 100 euros, subida de 9,1% na remuneração base média dos militares, criação dos Quadros Permanentes para Praças Praças no Exército e na Força Aérea e alargamento do Regime de Contrato Especial.

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