Maio vai trazer um (ligeiro) alívio aos bolsos dos portugueses: prestação da casa desce até 25 euros

Maio vai significar um alívio generalizado em todas as maturidades nas prestações do crédito à habitação, sobretudo para quem tiver um contrato com Euribor a 6 meses, que vai sentir uma redução de 25 euros na transferência ao banco, anotou, esta segunda-feira, Nuno Rico, especialista da DECO-PROTeste, em exclusivo à ‘Executive Digest’.

Tomemos como exemplo um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread (margem comercial do banco) de 1%:

– se o empréstimo tem como indexante a Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar no próximo ano irá descer para 778 euros, menos 5 euros (0,63%) em relação à prestação que pagou nos últimos 12 meses (783 euros). A taxa média registada este mês – dados até ao dia 29 de abril – foi de 3,704%.

– Já se o indexante for de 6 meses, prepare-se para entregar ao banco 791 euros, uma descida de 3,06% (cerca de 25 euros) face a novembro de 2023, quando a prestação se situava nos 816 euros. A taxa média de abril fixou-se nos 3,840%.

– por último, se tiver um contrato a 3 meses: a taxa Euribor registou este mês uma média de 3,888% o que significa em maio uma redução da sua prestação de 0,37%: desce de 798 para 795 euros, menos 3 euros face à prestação de fevereiro último.

“A prestação dos contratos com Euribor a 6 meses é a mais expressiva porque estamos exatamente a comparar com o pico desta maturidade: o pico foi atingido com a média de outubro – a prestação de novembro -, com 4,115%. Esta descida é mais significativa e vai representar uma poupança efetiva para os portugueses”, indicou Nuno Rico.

Nas restantes maturidades, a prestação não se reduziu de forma significativa. E é provável que ainda demore um pouco. “O pico foi atingido na Euribor a 12 meses em novembro último, portanto uma descida mais expressiva só se vai refletir na prestação de novembro deste ano”, apontou o especialista.

“Para os próximos meses, diria que pelo menos nos próximos dois/três meses, é bem possível que poderemos assistir a novas descidas, ainda que ligeiras. Não estamos a prever grandes reduções mas os contratos revistos dos próximos meses tenham ligeiras diminuições porque estamos a comparar com os picos sentidos no final do ano passado”, finalizou o especialista.

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