Lucros da indústria chinesa crescem 4,1% em 2020
Os lucros das principais empresas industriais da China aumentaram 4,1%, em termos homólogos, em 2020, indicaram dados publicados hoje pelo Gabinete de Estatísticas (GNE) chinês.
O GNE informou que o lucro das firmas industriais, no ano passado, atingiu os 6,4 biliões de yuans (814.679 milhões de euros).
Também foram divulgados os dados mensais de dezembro, que revelaram um aumento de 20,1% dos lucros, em relação ao mesmo período do ano anterior, indicou a mesma fonte.
Para a elaboração deste indicador, o GNE levou em consideração apenas as empresas industriais com um faturamento anual superior a 20 milhões de yuans (2,54 milhões de euros).
Os lucros das empresas privadas cresceram 3,1%, em 2020, enquanto os das empresas públicas caíram 2,9%.
No ano passado, 26 dos 41 setores analisados pela GNE registaram um aumento dos lucros, em relação ao ano anterior, enquanto os 15 setores restantes registaram uma diminuição dos lucros.
As empresas dedicadas ao fabrico de equipamentos especiais, produtos químicos, ciência da computação ou as indústrias têxtil e automobilística aumentaram os ganhos notavelmente.
Destacaram-se ainda as quedas dos lucros nas indústrias de extração de petróleo e gás, bem como no processamento de petróleo, carvão e outros combustíveis, ou na fundição e laminação de metais ferruginosos.
O GNE também indicou que, em 2020, os ativos das empresas industriais aumentaram 6,7%, em relação ao ano anterior, para 126,76 biliões de yuan (16,13 biliões de euros), enquanto os passivos subiram 6,1%, para 71,06 biliões de yuans (9,04 biliões de euros).
O rácio da dívida das empresas industriais diminuiu, segundo a agência, em 0,3%, no final do ano, para 56,1%.
O estatístico do GNE, Zhu Hong, indicou que, apesar da “grave e complexa situação internacional, o país obteve sucessos no controlo da pandemia, o que garantiu o seu desenvolvimento económico e social”.
“O ciclo industrial amadureceu, a procura do mercado continua a melhorar e os lucros industriais continuam a aumentar. A China passou de registar perdas, no início do ano [passado], para terminar o ano a crescer”, disse.
Num ano marcado por uma recessão global provocada pela covid-19, a economia chinesa foi uma das poucas a resistir, crescendo 2,3%, após ter contido com sucesso a doença durante o primeiro trimeste de 2020.