Lisboa, Madrid, Barcelona, Berlim, Amesterdão: estudantes ocupam universidades por toda a Europa em apoio pró-Palestina

Centenas de ativistas e estudantes têm ocupado, esta terça-feira, os campus universitários pela Europa: a Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa foi ocupada por mais de 20 ativistas, sob o lema “Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil”, exigindo um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, bem como o fim da dependência dos combustíveis fósseis até 2030.

Em Berlim, centenas de ativistas e estudantes da Universidade Livre em protesto contra a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza e para mostrar a sua solidariedade ao povo palestiniano.

Os estudantes apelaram à “resistência” dos estudantes das universidades de toda a Alemanha e apelaram à “ocupação” dos campi numa tentativa de acabar com a “ocupação colonial” israelita. De acordo com um porta-voz do centro universitário, a intenção da universidade é acabar com o protesto de forma moderada.

Na passada sexta-feira, cerca de 150 ativistas manifestaram-se na Universidade Humboldt, em Berlim.

Cerca de 200 estudantes iniciam acampamento em Madrid

Cerca de 200 universitários reuniram-se esta terça-feira perto do campus da Universidade Complutense de Madrid (UCM) e iniciaram um acampamento por tempo indeterminado com o objetivo de mostrar o seu apoio ao povo palestiniano e exigir o fim do conflito em Gaza.

Sob gritos “do rio ao mar, a Palestina vencerá”, os estudantes exigiram o rompimento das relações de Espanha com Israel, o fim  do comércio de armas – exigiram também “o fim da perseguição e criminalização de toda a solidariedade com o povo palestiniano”.

Além dos campi de Madrid, cerca de 300 estudantes da Universidade de Barcelona entraram no Edifício Histórico da Praça Universitária e acamparam em apoio à Palestina.

O primeiro acampamento em Espanha foi, no entanto, registado na Universidade de Valência.

Países Baixos detêm 125 pessoas na Universidade de Amesterdão

A polícia holandesa deteve, esta terça-feira, cerca de 125 pessoas no âmbito de uma operação de desmantelamento de um campo de apoio à população palestiniana no campus Roeterseiland da Universidade de Amesterdão (UvA).

De acordo com a polícia, alguns manifestantes haviam “recorrido à violência”. “O protesto, na sua forma, criou uma situação muito insegura, em parte devido às barricadas instaladas, que impediram a entrada dos serviços de emergência no local. Em caso de desastre, os próprios ativistas poderiam ter ficado presos no local”, informou. “Foram usados fogos de artifício. Foi queimada uma bandeira. E foram retiradas posteriormente do local grandes pedras.”

Nas últimas semanas, foram relatados protestos pró-Palestina em diversas universidades europeias: o Instituto de Estudos Políticos em Paris, a Sorbonne (onde ocorreram cenas violentas com prisões e despejos forçados), e a Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Grupos de estudantes tomaram conta dos campi da Universidade de Leeds, da Universidade de Londres e na de Warwick (todas no Reino Unido).

Nos Estados Unidos, mais de 2 mil pessoas foram detidas no contexto de protestos pró-Palestina nas duas últimas semanas.

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