JPMorgan supera estimativas de lucro e prevê uma recessão leve

O JPMorgan Chase & Co, maior credor dos Estados Unidos, informou esta sexta-feira que reservou 1,4 mil milhões de dólares em antecipação para enfrentar o possível agravamento das perdas com empréstimos e lidar com uma “recessão leve”, mesmo tendo superado as projeções de lucro trimestral.

Esta informação é avançada pela agência ‘Reuters’, que destaca que as ações do JPMorgan caíram cerca de 3% nas negociações de pré-mercado e deram início aos ganhos trimestrais para as empresas americanas, que devem cair pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2020.

O banco registou um lucro de 11 mil milhões de dólares (10,16 mil milhões de euros), ou 3,57 dólares (3,30 euros) por ação, acima dos 10,4 mil milhões de dólares (9,60 mil milhões de euros), ou 3,33 dólares (3,08 euros) por ação no mesmo trimestre do ano passado. O valor supera os 3,08 dólares (2,84 euros) por ação esperados pelos analistas.

O presidente-executivo da entidade, Jamie Dimon, citado pela agência internacional, disse que os consumidores ainda estão a gastar dinheiro em excesso e que os negócios continuam saudáveis, mas listou uma série de incertezas que a economia enfrenta.

“Ainda não conhecemos o efeito final dos ventos contrários vindos das tensões geopolíticas, incluindo a guerra na Ucrânia, o estado vulnerável das fontes de de energia e alimentos, a inflação persistente… e o aperto quantitativo sem precedentes”.

Porém, classificou os resultados trimestrais como “sólidos”, destacando o facto de o JP Morgan ter ultrapassado um rácio de capital CET1 de 13%, um trimestre antes do previsto.

Sublinhou ainda que o banco sinalizou uma modesta deterioração das suas perspectivas macroeconómicas, “refletindo uma leve recessão” e disse que “as nossas linhas de negócio tiveram um bom desempenho no trimestre”, destacando o crescimento de 9% das receitas com a venda de cartões de crédito e de débito e a subida de 19% nos empréstimos. Na divisão de empresas e banca de investimento, as receitas nos mercados subiram 7%, beneficiando de uma “atividade forte dos clientes na área de renda fixa”.

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