JMJ: Costa destaca “momento de grande transformação” para a zona ribeirinha de Lisboa

O primeiro-ministro considerou hoje que a Jornada Mundial da Juventude vai ser um “momento de grande transformação” para a zona ribeirinha de Lisboa que valorizará a área metropolitana, agradecendo o esforço feito pelas várias entidades envolvidas na sua organização.

É “um momento único e que permite transformar estas jornadas em mais do que numa jornada com a presença de Sua Santidade, [mas] sobretudo num momento de grande transformação de todo este território e de potenciar e valorizar o conjunto da área metropolitana de Lisboa”, afirmou António Costa.

O chefe do executivo fazia uma breve intervenção no parque Tejo, onde vai decorrer uma parte da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), pouco depois de ter visitado todo o recinto acompanhado pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, pelos autarcas de Lisboa, Carlos Moedas, e de Loures, Ricardo Leão, e pelo bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar.

O primeiro-ministro agradeceu o esforço conjunto feito pelas várias entidades parar preparar o parque Tejo, “não só para os dias das jornadas, mas sobretudo para o futuro” da frente ribeirinha de Lisboa e para o município de Loures.

António Costa considerou que o país “vai ganhar com essa transformação”, salientando que o trabalho feito no parque Tejo remata a “transformação que há 25 anos a Expo[98] iniciou e que se tem vindo a desenvolver”.

“Agora finalmente está consolidado o aterro sanitário e é possível começar a flui-lo como um parque urbano e isso é um grande ganho para rematar a Expo 98”, reforçou.

No que se refere a Loures, o primeiro-ministro defendeu que o município “ganha aquilo que não tinha de todo”, salientando que, aos 15 hectares do município que compõem o parque Tejo, acrescem outros 40 hectares que também irão ser recuperados, permitindo criar “um grande parque urbano em toda a frente urbana de Sacavém e Bobadela”.

“É um ganho imenso de qualificação deste território e destas populações, que vão passar a fruir de uma qualidade de vida única e de todos aqueles que, vivam onde vivam, possam vir fruir deste maravilhoso Mar da Palha, e deste parque urbano que aqui se estende”, referiu.

O chefe do executivo agradeceu a todos pelo “esforço enorme que foi feito”, afirmando saber que, “em Portugal, trabalhar em conjunto é sempre algo difícil”.

“Entre instituições é ainda mais difícil, mas eu acho que este foi um momento de grande comunhão”, referiu.

Dirigindo-se ao bispo Américo Aguiar, António Costa agradeceu-lhe a sua “força inspiradora, o carinho, a capacidade de lançar pontes, de unir aqueles que estão desunidos”.

Numas curtas declarações aos jornalistas durante esta visita, Ana Catarina Mendes foi questionada sobre os ajustes diretos para a JMJ, tendo respondido que 90% dos contratos celebrados foram feitos por concurso público e 10% por ajuste direto, tendo sido “todos sujeitos a visto prévio do Tribunal de Contas”.

“Portanto, estou absolutamente tranquila com a necessidade de cumprir a lei”, afirmou.

A governante considerou que “está tudo a postos” para a JMJ, salientando que, no que se refere “às responsabilidades do Estado, de cooperação com as câmaras municipais e com a Igreja, está tudo preparado”.

Interrogada se está tranquila de que tudo irá correr bem, a ministra respondeu: “Eu julgo que, quando nós temos um acréscimo de um milhão a um milhão e meio de pessoas no território, é evidente que pode haver aqui um ou outro ponto”.

“Mas o importante agora é que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que tudo corra bem”, disse.

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