Inflação: Fed mantém taxas de juro. Compra de ativos continua
Aconteceu hoje a tão desejada e comentada na imprensa económica norte-americana reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed). O órgão decidiu aumentar consideravelmente as expetativas sobre a inflação e manteve a taxa de juro diretora entre 0% e 0,25%.
A instituição liderada por Jerome Powell não deu, no entanto, qualquer resposta sobre a possibilidade do abrandamento da compra de títulos da parte da instituição financeira, embora tenha admitido “que essa questão tenha sido debatida na reunião”.
Embora o Fed tenha aumentado sua expetativa de inflação para 3,4%, um ponto percentual acima da projeção de março, o comunicado publicado pelo regulador continua a reiterar a ideia de que este aumento do índice de preços é apenas “transitório”, ainda que este crescimento tenha sido o maior em 13 anos.
O Fed está esperançoso com o aumento da produtividade dos EUA, tendo atualizado a sua previsão de crescimento do PIB, durante o ano de 2021 de 6,5% para 7%.
Durante a conferência de imprensa, à margem do encontro, Jerome Powell observou ainda que os funcionários do Fed “discutiram” o progresso feito em direção às metas de inflação e do emprego e em relação às compras de ativos, e continuarão a fazê-lo nos próximos meses.
Ainda durante o dia de hoje, o FOMC (Federal Open Market Committee) anunciou que estenderia as linhas de swap do dólar com os bancos centrais globais, até o final do ano. O programa de câmbio é uma das últimas iniciativas monetárias que restam da “era covid-19” e que o Fed decidiu manter, durante os próximos tempos, para garantir a “manutenção do fluxo dos mercados globais”.
Depois do comunicado do Fed, as ações caíram em quase todos os índices norte-americanos e as obrigações ao tesouro subiram, já que os investidores temem que a compra destes títulos diminua este ano, com uma nova e breve política monetária rígida que estará por vir.