Incursão em Kursk desvia 60 mil soldados russos da linha da frente, garante Zelensky
Um dos objetivos da incursão ucraniana em Kursk é atrair tropas russas para o seu próprio território, frisou, em entrevista à ‘NBC News’, Volodymyr Zelensky, que destacou que, até agora, Moscovo mobilizou quase 60 mil soldados para operações de defesa na região.
O presidente ucraniano destacou ainda que a escassez de mísseis e projéteis de longo alcance forçou Kiev a considerar estratégias defensivas alternativas para evitar o avanço russo nas regiões de Sumy e Chernihiv, que culminou com a incursão por território russo.
“Um dos objetivos da operação Kursk era atrair tropas russas para o seu próprio território. Posso comunicar isso porque eles mobilizaram cerca de 60 mil soldados. Levaram tropas de áreas onde enfrentamos dificuldades porque não tínhamos os pacotes de armas prometidos”, observou Zelensky, acrescentando que, em certos momentos, a escassez de armas era grave – um projétil de artilharia ucraniano era recebido com 12 projéteis inimigos.
“Imagine, a determinada altura, a ‘lacuna’ do abastecimento significava que o nosso uso de armas era de 1 para 12: um projétil nosso para cada doze projéteis da Rússia. Não importa quantas tropas se tenha, se eles tiverem 12 projéteis e se se tiver apenas um, haverá baixas. Portanto, era necessária uma solução inteligente”, informou o presidente da Ucrânia.
Segundo Zelensky, a proporção de projéteis na frente de Pokrovsk agora parece ser de um para três. “É desafiador agora na frente de Pokrovsk, mas a proporção de ataques não é mais de 1 para 12, mas de 1 para 3. Aumentámos o número de armas? Não. Elas diminuíram? Sim!”, referiu Zelensky.
A 6 de agosto, a Ucrânia começou a sua incursão de até mil soldados na região de Kursk, na Rússia, o que apanhou os militares russos desprevenidos. É a primeira vez que um exército estrangeiro penetra em território russo desde a II Guerra Mundial.
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