‘Wolf 1069 b’: exoplaneta raro semelhante à Terra e potencialmente habitável entusiasma astrónomos

O ‘Wolf 1069 b’ é um exoplaneta “raro” que tem entusiasmado os astrónomos: é potencialmente habitável, tem uma massa semelhante à Terra, com dia e noites eternos e a ‘apenas’ 31 anos-luz de distância. Orbita ainda numa estrela a uma distância que permitiria a presença de água líquida, assim como uma atmosfera e campo magnético, segundo relatou um estudo recente publicado na revista científica ‘Astronomy & Astrophysics’.

A equipa do Instituto Max Planck de Astronomia (MPIA), na Alemanha, tem procurado exoplanetas para detetar ‘bioassinaturas’ – evidências de vida alienígena, passada ou presente. O ‘Wolf 1069 b’ é até ao momento um de 12 candidatos encontrados, embora seja expectável que demore 10 anos para se conseguir olhar mais de perto – pensa-se que o Extremely Large Telescope (ELT) pode conseguir, que está em construção no Chile para substituir o Very Large Telescope (VLT) do European Southern Observatory. Quando estiver concluído, será o maior telescópio ótico do mundo, cerca de cinco vezes maior do que os principais instrumentos de observação atuais.

A NASA informou, em 2022, que existem mais de 5 mil planetas fora do nosso sistema solar atualmente conhecidos pelos cientistas, o que inclui gigantes gasosos, muitas vezes maiores do que Júpiter, e “Júpiteres quentes” em órbitas extremamente próximas em torno das suas estrelas.

Existem também pequenos mundos rochosos, de tamanho semelhante ao da Terra, que orbitam a sua estrela hospedeira na chamada ‘zona habitável’, o que significa que essa distância oferece condições planetárias que permitiriam que a água se mantivesse na sua forma líquida à superfície.

Existem apenas alguns exoplanetas que se encaixam nesta categoria, mas o recém-adicionado ‘Wolf 1069 b’ é o sexto mais próximo da Terra.

“Quando analisámos os dados da estrela ‘Wolf 1069’, descobrimos um sinal claro e de baixa amplitude do que parece ser um planeta com aproximadamente a massa da Terra. Orbita a estrela em 15,6 dias a uma distância equivalente a um décimo quinto da separação entre a Terra e o Sol”, referiu Diana Kossakowski, principal autora do estudo, que referiu que o planeta recebe apenas cerca de 65% da energia radiante que a Terra recebe do Sol, o que permitiria a existência de vida.

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