Hovione Capital muda de nome e alarga investimento a ‘startups’ de biotecnologia

A empresa de capital de risco Hovione Capital anunciou hoje que mudou de nome para Bionova Capital e que vai passar a investir em ‘startup’ de biotecnologia que desenvolvam novos produtos terapêuticos.

“Bionova Capital é o novo nome da empresa de capital de risco Hovione Capital, refletindo um alargamento da estratégia de investimento”, afirma a empresa em comunicado.

A empresa indica que passará também a investir em ‘startups’ de biotecnologia a desenvolver novos produtos terapêuticos, complementando a atual estratégia de investimento em novos dispositivos médicos e produtos de saúde digital.

“Esta nova denominação social está em linha com a expansão do foco de investimento, que a partir de agora também incluirá empresas de biotecnologia”, sublinha a empresa.

A Hovione Capital foi fundada em 2015 pelos acionistas da farmacêutica portuguesa Hovione, uma empresa multinacional com laboratórios e fábricas em Portugal, Irlanda, Macau e Estados Unidos da América.

A Bionova Capital mantém os atuais acionistas e equipa de gestão, apenas sendo alargado a estratégia de investimento.

“Nos últimos anos, temos investido por toda a Europa em várias empresas inovadoras na área da saúde, tendo contribuído positivamente para o seu sucesso”, diz o presidente da Bionova Capital, Peter Villax, citado no comunicado.

“Recentemente tomámos a decisão estratégica de também investir em empresas de biotecnologia que estejam a desenvolver novos produtos terapêuticos em áreas onde os tratamentos atuais não são eficazes, o que vem diversificar e alargar a nossa estratégia de investimento, e com a qual a nossa nova denominação está em consonância”, acrescenta o responsável.

Segundo o presidente executivo da Bionova Capital, Ricardo Perdigão Henriques, a empresa fez recentemente o primeiro investimento numa empresa de biotecnologia, a CellmAbs, uma ‘startup’ portuguesa que está a desenvolver um potencial novo tratamento para o cancro.

“No futuro, certamente iremos fazer mais investimentos em empresas de biotecnologia, pois temos recebido inúmeros contactos por parte de ‘startups’ desta área, que por toda a Europa estão a desenvolver novos produtos terapêuticos baseados em investigação biomédica de excelência”, afirma Ricardo Perdigão Henriques.

A Bionova Capital criou também um conselho científico, constituído por cientistas e executivos com experiência internacional na indústria farmacêutica, que terão uma função consultiva e permitirão aceder a novas oportunidades de investimento por toda a Europa.

De acordo com o comunicado, a Bionova Capital é um investidor europeu especializado na área da saúde, sendo em Portugal o único investidor exclusivamente focado neste setor.

A empresa de capital de risco gere atualmente um portfólio de cinco empresas, duas baseadas no Reino Unido e três em Portugal.

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