“Há razões óbvias para utilizar qualquer arma”: Medvedev ameaça Ocidente

O ex-presidente da Rússia e agora vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, afirmou que as forças russas podem avançar para a conquista de Kiev ou Lviv “se for preciso”.

Medvedev fez várias declarações, reveladas pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti, entre as quais deixou três ameaças aos países do Ocidente que têm vindo a ajudar a Ucrânia desde que foi invadida a 24 de fevereiro.

Dmitry Medvedev assegurou que, caso a Ucrânia tente recuperar a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, o exército russo vai usar “qualquer arma” para acabar com o que define como uma “infeção”.

“Não podemos descartar nada. Se for preciso chegar a Kiev, então vamos para Kiev; se for preciso chegar a Lviv, então vamos para Lviv para destruir esta infeção”, salientou ex presidente da Rússia ao frisar que a Rússia vai responder com “qualquer arma” às tentativas da Ucrânia para recuperar a Crimeia.

Ao mostrar-se confiante, Medvedev esclareceu que “há razões óbvias para utilizar qualquer arma. Qualquer uma” ao comentar que espera que a Ucrânia e o seu líder, Volodymyr Zelensky,  “entendam isso”.

Perante o mandado de captura, emitido no dia 17 de março pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), contra Vladimir Putin, o vice-presidente do Conselho de Segurança destacou que estas tentativas do Ocidente são o mesmo que “declarar guerra” à Rússia.

“Vamos imaginar: o atual chefe de Estado viajava para um território, como por exemplo a Alemanha, e era detido”, sugeriu ao alegar que, essa situação, “seria uma declaração de guerra contra a Federação Russa e, nesse caso, todas as armas e mísseis estariam virados para o gabinete do chanceler alemão”, Olaf Scholz.

Putin justificou a invasão da Ucrânia com a necessidade de “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, ofensiva militar que levou a União Europeia (UE) a responder com vários pacotes de sanções internacionais.

Esta iniciativa desencadeou uma guerra de larga escala que deixou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Não é conhecido o número de baixas civis e militares do conflito, contudo diversas fontes, entre as quais a Organização das Nações Unidas (ONU), admitiram que será elevado.

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