Guerra entre Biden e OPEP+ vai desencadear “volatilidade e disparo nos preços do petróleo”, alertam bancos
A OPEP+ manteve a meta de produção de 400 mil barris de petróleo por dia, ignorando assim os apelos dos EUA, Índia e Japão. A Casa Branca já reagiu que tem uma “ampla gama de ferramentas para lidar com o aumento dos preços”, alimentando ainda mais o receio de alguns analistas e corretoras.
“O próximo ano será uma grande e boa surpresa, em termos de crescimento para os países que não fazem parte da OPEP, como os EUA”, avisou Citigroup.
Na quinta-feira, o Goldman Sachs alertou para “a volatilidade” que vai marcar o preço do petróleo nos próximos meses “devido à discórdia que reina entre EUA e OPEP+”. “O mercado de petróleo permaneceu subabastecido, pelo que caso os EUA recorram às reservas estratégicas, pode haver um alívio temporário no preço, mas o tiro sairá pela culatra no próximo ano”, acrescenta o banco.
Já a Again Capital LLC, conhecida pelas suas previsões em matéria de ‘commodities’ sublinha que “se o inverno amanhecer mais cedo, o pior cenário pode acontecer: o preço por barril chegar aos 100 dólares ainda este ano”.
Esta sexta-feira, o barril de petróleo Brent para entrega em janeiro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mas a cotar-se a 81,20 dólares, contra 80,54 pontos na quinta-feira e 85,65 dólares em 26 de outubro, um máximo desde outubro de 2018 (quando subiu até 86,43 dólares), mas os especialistas não excluem que possa atingir 90 dólares por barril antes do final do ano.