Grandes banco mundiais acusam pressão económica e despedem milhares de funcionários

Os bancos mais conhecidos com presença internacional estão neste momento num processo de despedimento que inclui dispensarem pelo menos 5.000 colaboradores como forma de combater a volatilidade dos mercados de capitais e o rápido aumento das taxas de juro, avança a agência ‘Reuters’.

As condições económicas em rápida deterioração também levaram os credores a criar fundos para dias mais complicados para se prepararem para possíveis crises.

Que bancos anunciaram despedimentos?

Barclays

O Barclays cortou a sua força de trabalho nos serviços centrais e na banca de investimento em menos de 3%, conforme noticiou a agência ‘Reuters’ a 8 de novembro, isto semanas depois do banco comunicar uma queda de 45% nas taxas de consultoria em fusões.

O banco de investimento britânico teve um bom desempenho nos últimos trimestres, especialmente nas negociações de renda fixa, mas aconteceu um erro nos Estados Unidos que o levou a vender mais títulos do que o permitido e que custou à instituição centenas de milhões de dólares em multas.

Citigroup

O Citigroup eliminou dezenas de empregos na sua divisão de banca de investimento, enquanto a crise nas negociações continua a pesar sobre os maiores bancos de Wall Street, anunciou a ‘Bloomberg’ também a 8 de novembro.

Neste caso, o credor dos EUA, tal como outras instituições bancárias, aumentou a sua receita de empréstimos com o aumento das taxas de juros, mas a ação agressiva da Federal Reserve e de outros bancos centrais provocou receios de uma desaceleração que poderia afetar as carteiras de empréstimos dos bancos.

Credit Suisse

O Credit Suisse está a acelerar os cortes de custos, segundo anunciou o presidente Axel Lehmann no dia 2 de dezembro. Na altura, o líder confirmava numa reportagem da ‘Reuters’ que, devido à necessidade de reduzir a base de custos em cerca de 2,5 mil milhões de francos suíços (2,49 mil milhões de euros), terá que despedir alguns funcionários.

A instituição bancária já o tinha admitido no passado e sabe-se agora que vai cortar cerca de 5% da sua equipa de banca privada em Hong Kong.

Deutsche Bank

O Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, cortou funcionários nas equipas de empréstimos bancários e consultoria em outubro, uma medida que afetou principalmente funcionários mais novos.

Os cortes incluíram dezenas de funcionários em Nova Iorque e Londres, informa a ‘Reuters’.

Goldman Sachs

O Goldman Sachs começou a demitir funcionários a 11 de janeiro numa ampla campanha de corte de custos, com cerca de um terço dos afetados vindos da divisão de banco de investimento e mercados globais, segundo a ‘Reuters’.

Mais de 3.000 funcionários serão despedidos segundo a fonte internacional.

HSBC

Sob pressão do seu maior acionista, o chinês Ping An Insurance Group, para aumentar os lucros, o presidente-executivo do HSBC, Noel Quinn, acelerou nos últimos meses os planos de reduzir o seu império global e simplificar a administração.

De acordo com a ‘Reuters’, o HSBC vai demitir pelo menos 200 gerentes sénior, e reduzir os cargos de diretores operacionais numa série de países e linhas de negócio.

O banco anunciou ainda que vai vender os negócios no Canadá por 10 mil milhões de dólares (9,29 mil milhões de euros), despedindo consequentemente cerca de 4.000 funcionários de uma só vez.

Além deste, o banco também vai sair da Nova Zelândia e encerrar cerca de 114 filiais no Reino Unido, ficando com cerca de um terço das lojas que tinha em 2016.

Morgan Stanley

Em dezembro, o banco de investimento cortou cerca de 2% da sua força de trabalho. Os cortes afetaram cerca de 1.600 trabalhadores.

A ‘Reuters’ sublinha que os cortes se estendem a todo o mundo mas não foram divulgados números exatos.

No dia 3 de novembro, a ‘Reuters’ informou que demissões estavam a chegar ao Morgan Stanley, sendo os funcionários em Hong Kong e na China continental os mais afetados, já que as rígidas regras de bloqueio chinês representam um forte peso sobre a atividade.

Wells Fargo

O credor cortou centenas de empregos no seu negócio de hipotecas nos Estados Unidos, de acordo com a ‘Bloomberg’.

Em comunicado, anunciaram na altura: “Revimos e ajustamos regularmente os níveis de pessoal para alinhá-los às condições do mercado e às necessidades dos nossos negócios”, mas não revelaram dados sobre despedimentos.

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