Governo francês alerta para «agravamento» da pandemia. 21 zonas estão em alerta vermelho

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, alertou, esta quinta-feira, para o «agravamento» da epidemia do novo coronavírus no país, o que levou o governo a decretar mais 19 zonas «vermelhas, com elevada circulação do vírus, avança o ‘El Pais’.

Desta forma, 21 regiões francesas estão agora em alerta vermelho, devido a uma elevada exposição à transmissão do vírus, segundo as autoridades do país. A capital, Paris, é uma delas e o Executivo já disse estar a fazer «todos os possíveis» para «evitar um confinamento generalizado», mas para isso a população também tem que fazer a sua parte.

«Os planos de um regresso ao confinamento territorial ou global estão prontos. O nosso sistema hospitalar também está preparado para uma possível segunda vaga em termos de camas, medicamentos e equipamentos de reanimação», disse Castex em conferência de imprensa conjunta com os ministros da Saúde, Olivier Véran, e da Educação, Jean-Michel Blanquer .

O responsável acrescenta: «O nosso objectivo, porém, é fazer todo o possível para evitar um novo confinamento, sobretudo generalizado, bem como um influxo maciço de pacientes como aquele que vimos na primeira vaga», disse. «Esse objectivo está ao nosso alcance, se todos nos mobilizarmos», sublinhou.

Véran garantiu que até ao final de Setembro o objectivo de ter mais de mil milhões de máscaras será alcançado e que os hospitais também terão recursos para três semanas. A França também é um dos países que mais realiza testes de diagnóstico, cerca de 830 mil por semana, com a intenção de chegar a um milhão «a curto prazo», acrescentou.

«Soar o alarme não significa que estejamos numa situação grave como no início do ano, ainda estamos muito longe disso», disse Castex, em mais uma tentativa do Governo de não provocar um alerta geral apesar do agravamento da situação.

A incidência acumulada nas duas últimas semanas é de 70 casos por 100 mil habitantes, longe da situação da Espanha (191 casos), mas mais grave do que a da Alemanha (20,7) ou de Itália (17,9). Desde o início da pandemia, a França acumulou 253.587 diagnósticos de coronavírus e 30.544 mortes, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

O ministro da saúde francês disse ainda esta quinta-feira que espera que novas vacinas contra o coronavírus estejam disponíveis no país a partir do final de 2020 ou início de 2021.

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