Futebol europeu sofreu uma queda de 13% nas receitas durante a pandemia

O mercado europeu do futebol contraiu-se pela primeira vez desde a crise financeira de 2008, durante a pandemia. A receita global caiu 13%,  de 3,7 mil milhões de euros, para 2,2 mil milhões de euros, uma vez que os jogos foram adiados ou cancelados, segundo um relatório da Deloitte divulgado esta quinta-feira.
A dor foi sentida nas maiores ligas da Europa, com os chamados “cinco grandes” a verem a receita diminuir 11% durante esta época.
“Começamos agora a ver a dimensão do impacto financeiro que a pandemia teve nos clubes europeus”, disse Dan Jones, sócio e diretor do Sports Business Group da Deloitte, em comunicado. “Ainda vão demorar alguns anos até que seja conhecido o impacto financeiro total da pandemia no futebol europeu.”
Este em sido um período difícil para o desporto mais amado da Europa. Os clubes evitaram o pior quando o jogo na maioria dos países foi autorizado a retomar após a primeira vaga da pandemia, embora algumas equipas de países como a França e a Holanda tenham sido deixadas a lutar pela sobrevivência.
Os clubes de futebol que jogam na Premier League inglesa, a maior competição nacional da Europa, acumularam a maior perda coletiva da sua história no ano passado, quando os jogos foram interrompidos e as vendas de bilhetes evaporaram. A última temporada, que terminou em maio, foi disputada com poucos adeptos nos estádios.
“Projetamos que a receita para a Premier League volte a um nível semelhante ao que era em 18/19”, disse Sam Boor, analista sénior da Deloitte, em entrevista à Bloomberg. “Em 21/22, pensamos que haverá um novo recorde de receitas estabelecidas para a Premier League de cerca de 5,5 mil milhões de euros.”