“Foi por pura diversão”: Hacker justifica o maior roubo da história do mercado DeFi

O alegado hacker por detrás do ataque contra a plataforma de DeFi, Poly Network, numa das transações de devolução do dinheiro roubado, adicionou uma mensagem encriptada, onde explica o porquê do seu gesto. “Só o fiz por diversão”, fundamentou.

“É este o plano! Não estamos muito interessados em dinheiro. Sei o que dói quando as pessoas são atacadas, mas não deveriam aprender algo quando são hackeados?”, pode ler-se na mensagem.

Os piratas informáticos autores do maior roubo de sempre no mercado DeFI já começaram a devolver os 610 milhões de dólares (520,76 milhões de euros) furtados à Poly Network, uma exchange que conecta várias plataformas de blockchain, avança a CNBC, citando o Twitter da empresa.

Os autores do crime responderam ao apelo da plataforma com uma mensagem, onde afirmaram, “que estavam prontos para devolver os ativos”. A empresa respondeu, a pedir que o montante fosse enviados por uma de três plataformas diferentes. Até ao momento, cerca de 4,8 milhões de dólares (4,09 milhões de euros) já chegaram às mãos da Poly Network.

O anúncio deste crime foi realizado pela própria Poly Network no Twitter. Na publicação a empresa escreve o claro pedido de ajuda: “Pedimos que devolvam os ativos roubados”, apela o comunicado.

Em outro tweet, a plataforma chega mesmo a afirmar que este terá sido “o maior roubo da história do DeFi”.

DeFi é um sistema de transação descentralizado ligado a aplicações financeiras baseadas na tecnologia blockchain.

A empresa de segurança SlowMist acredita que foram roubados 610 milhões de dólares em criptomoedas. Segundo esta companhia especializada, os piratas informáticos “socorreram-se das impressões digitais, inscritas no email da empresa através do IP”. A SlowMist está neste momento a investigar o caso.

Para a empresa, esta ataque foi “altamente preparado e organizado”.

 

Changpeng Zhao, CEO da principal exchange de criptomoedas Binance, já se juntou a este apelo. No Twitter, o executivo garantiu que a empresa se está ” a coordenar com os parceiros para ajudar nesta causa”, ainda que não “seja certo que esta questão possa ser resolvida”.

“Faremos tudo o que for possível, dentro dos meios legais, para que os hackers devolvam estes ativos”, acrescentou.

Desde janeiro, os ataques no sistema  DeFi já totalizaram 361 milhões de dólares, três vezes mais do que o montante roubado, durante todo o ano 2020, de acordo com os dados da empresa de criptomoedas CipherTrace.

A fraude relacionada com o mercado DeFi também está em ascensão. Nos primeiros sete meses do ano, este tipo de crimes representa 54% do volume total de fraudes cripto em todo o mundo, 3% a mais do que o número contabilizado no ano passado.

 

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