Facebook elimina vários anúncios da campanha de Trump
O Facebook eliminou vários anúncios publicitários da campanha de reeleição presidencial de Donald Trump, nos últimos meses, de acordo com um dos executivos seniores da empresa de tecnologia, citados pelo ‘Independent.
O ex-vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg, que é também vice-presidente de assuntos globais e comunicações do Facebook, negou as acusações de que a gigante de tecnologia não tem feito o suficiente para lidar com a desinformação, revelando, numa entrevista à ‘BBC’, que a empresa eliminou «vários anúncios de campanha de Trump nos últimos meses».
Clegg não deu detalhes sobre a quantidade concreta de anúncios eliminados da rede social, mas sugeriu que os mesmos estavam relacionados com reivindicações feitas sobre direitos de voto e o censo dos EUA.
«Se (os políticos) fazem declarações com o objectivo de reprimir directamente o direito de voto da população, então livramo-nos delas… e, de facto, fizemos isso, no que diz respeito ao censo, com alguns anúncios publicados por Donald Trump.
O Facebook foi criticado por não eliminar ou identificar as publicações de Trump, que espalharam informações erradas sobre o voto, com muitos utilizadores a considerar que as suas declarações incitavam à violência.
Clegg não concorda com muitas das afirmações de Trump, considerando até que algumas são «abomináveis». Contudo, o director de comunicação defendeu a decisão de não censurar as observações, dizendo que as empresas de comunicação social tinham o dever de permitir que os líderes ameaçassem «aplicar a força».
«A ideia de que uma empresa privada, que em certo sentido não tem legitimidade para agir como árbitro da verdade política, deve intervir e dizer: ‘«Não pode dizer isto ou não pode dizer aquilo’, é errada. Acho que as pessoas sabem muito bem que o Mark Zuckerberg e o Facebook não podem fazer tal coisa», concluiu.