EVE, o robô humanoide que o pode deixar sem emprego: tão avançado que aprende qualquer tarefa em minutos

Os vídeos espetaculares da Boston Dynamics têm trazido robôs bípedes a dar cambalhotas, subirem a andaimes ou a dançar coreografias complexas. Mas a corrida para conseguir os primeiros robôs humanoides que possam operar em fábricas, hospitais ou armazéns está a tomar outro rumo, sublinhou o jornal ‘El Espanõl’.

A ‘Figure’ – que chegou a acordo com o BMW para os androides ajudem a fabricar carros – ou a ‘Tesla’, de Elon Musk, estão a desenvolver máquinas que possam realizar uma vasta gama de tarefas totalmente autónomos. Veja-se o caso do Tesla Bot (agora Optimus), que surgiu num vídeo a dobrar uma camisa. Já a ‘1X’, empresa norueguesa, deslumbrou num vídeo no qual uma frota de ‘EVE’ é vista a realizar diferentes tarefas simultaneamente graças às redes neurais. Pode consultar o vídeo aqui.

“O vídeo não contém teleoperação. Não há computação gráfica, nem cortes, nem aceleração de vídeo, nem reprodução de trajetórias roteirizadas. Tudo é controlado por redes neurais, tudo autónomo, tudo com velocidade de 1X”, indicou a empresa, o que representa um gigantesco avanço na padronização do uso industrial destes dispositivos – o que pode facilitar o trabalho dos humanos ou deixá-los desempregados.

A 1X é uma das empresas mais prósperas no crescente setor de fabrico e programação de robôs humanoides de uso geral. É responsável pelo ‘EVE’, modelo que já começaram a vender para empresas de segurança e que está participa num teste piloto no hospital Sunaas, no sul da Noruega – pesa 86 kg e mede 1,86 m, tem velocidade máxima de 14,4 km/h e pode levantar até 15 kg de peso. A sua bateria dura cerca de 6 horas, embora os técnicos da 1X estejam a trabalhar para a estender significativamente.

Segundo a própria empresa, “a mecânica suave e de inspiração orgânica do EVE torna-o mais seguro por dentro” e foi concebido “para ser muito preciso e durável, com rodas e mãos de agarrar, que lhe permitem abrir portas, subir elevadores e adaptar-se a seu trabalho de forma natural e intuitiva”.

E aqui está a chave: não procuram assemelhar-se aos humanos, mas sim integrar-se rapidamente como mais um trabalhador em todos os tipos de espaços. Por esta razão, além da sua aparência externa, os engenheiros e designers da 1X têm-se concentrado em garantir que os robôs possam aprender rapidamente qualquer tarefa e executá-la de forma autónoma. Além disso, a qualquer momento um operador humano pode controlar uma frota de até 15 EVE, intervir nas suas câmaras e controlar os seus movimentos para atuar remotamente.

“Treinámos a nossa rede neural para capturar todos os tipos de objetos, tanto rígidos, deformáveis como transparentes”, salientou Eric Jang, vice-presidente de inteligência artificial da 1X.

Mas o ‘EVE’ não é o único ‘preparado’ a partir do 1X. O outro grande desenvolvimento da empresa norueguesa é o ‘NEO’, revestido de tecido (aliás há quem afirme que são humanos disfarçados) e desenhado com uma anatomia muscular em vez de um sistema hidráulico rígido. Por ser bípede, pode caminhar, correr e até subir escadas, por isso parece mais versátil que o ‘EVE’, embora a sua autonomia seja prejudicada, já que a bateria dura apenas entre 2 e 4 horas.
O seu uso ainda não é claro, mas segundo a empresa, “destacam-se em tarefas industriais em setores como segurança, logística, manufatura, operação de máquinas e gerenciamento de tarefas complexas. No longo prazo, imaginamos que o ‘NEO’ forneça assistência valiosa em todo o mundo em casa e realizar tarefas como limpeza ou organização.

A era dos robôs humanoides definitivamente chegou.

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