«Estamos preparados para o pico» da pandemia, garante Lacerda Sales
António Lacerda Sales, secretário de Estado adjunto e da Saúde, disse esta quarta-feira que o país estava “preparado para o pico” da pandemia. O responsável falava aos jornalistas em Ermesinde, onde visitou o Seminário do Bom Pastor, espaço de retaguarda para doentes covid.
“Estamos a preparar os nossos serviços hospitalares, e estas visitas a estes espaços de retaguarda à covid-19 são precisamente para nos continuarmos a preparar”, começou por dizer Lacerda Sales, referindo-se à sua visita ao Seminário do Bom Pastor.
“Não consigo dizer quando estaremos no pico, agora é certo que estaremos preparados para o pico”, sublinhou. “Estamos a continuar a prepararmo-nos ao nível dos sistemas hospitalares, ao nível da nossa capacidade de testagem, ao nível da nossa capacidade de ventilação – essa é a garantia que eu posso dar aos portugueses”, afirmou.
Questionado sobre a lotação dos hospitais e das unidades de cuidados intensivos (UCI), o secretário de Estado adjunto e da Saúde garantiu que há “expansibilidade”. “Tenho a certeza que um hospital de Coimbra ou Lisboa aceite um doente seja de onde for”, assegurou.
Neste sentido, referiu que têm sido feitas transferências de doentes para outros hospitais, para o setor privado e ainda setor social. “Penso que todo o sistema integrado está a funcionar”, disse.
Em relação ao surto de Legionella em Vila do Conde, que já causou sete mortes, Lacerda Sales referiu que se tratam de “53 casos”, cuja fonte é a “faixa litoral de Vila do Conde, Matosinhos e Póvoa do Varzim”.
“Estamos a recolher análises de água de torres de refrigeração de diferentes espaços, das águas de consumo e também de secreções dos doentes infetados, para verificar se as estirpes de Legionella são ou não as mesmas”, acrescentou.
“A população tem de estar sempre alerta a surtos de Legionella, de Covid. Vivemos em comunidade, portanto, temos de estar sempre atentos e alerta, mas não podemos viver permanentemente debaixo destes surtos”, disse ainda.
As colheitas em causa estão a ser dirigidas para o INSA – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.