Espanha: Pedro Sánchez convoca eleições antecipadas para julho depois de derrota dos socialistas nas regionais e municipais

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições legislativas nacionais para 23 de julho, na sequência da derrota dos socialistas, que lidera, nas regionais e municipais de domingo.

O partido socialista de Espanha (PSOE) perdeu no domingo para a direita as eleições em quatro das nove regiões autónomas que governava, enquanto o PP conquistou sete vitórias, duas delas com maioria absoluta, em Madrid e La Rioja.

Os socialistas, à frente do Governo nacional desde 2018, lideravam os executivos regionais de nove das 12 autonomias que tiveram eleições no domingo e perderam em quatro (Aragão, Baleares, Comunidade Valenciana e La Rioja), mantendo outras quatro (Astúrias, Canárias, Castela La Mancha e Navarra).

Quanto à Extremadura, que faz fronteira com Portugal, quando estavam contados 97% dos votos, o PSOE era o partido mais votado, mas elegia o mesmo número de deputados do que o PP.

No domingo, o PP ganhou ainda na Cantábria, região que era governada pelo Partido Regionalista da Cantábria, com o apoio do PSOE.

Além de eleições em 12 das 17 regiões autónomas, Espanha teve no domingo eleições municipais em todo o país, nas quais o PP foi também o partido mais votado e conquistou à esquerda grandes cidades, como Sevilha e Valência, além de ter tido uma maioria absoluta em Madrid.

Os resultados das municipais e das regionais refletem uma mudança em relação às eleições anteriores, de 2019, em que o PSOE tinha sido o partido globalmente mais votado e com mais vitórias nas regionais

Esta é também considerada a primeira vitória eleitoral do PP em Espanha desde 2015.

Os resultados confirmam, em paralelo, o avanço do VOX na generalidade do território e o quase desaparecimento do Cidadãos, também de direita.

As eleições de domingo foram a primeira ida a votos este ano em Espanha, que tem também legislativas nacionais previstas para dezembro, no final de uma legislatura marcada pela primeira coligação governamental no país, entre o PSOE e a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos.

O PP celebrou os resultados nas municipais e nas regionais de domingo como uma grande vitória nacional, com uma celebração em frente da sede do partido, em Madrid, onde se juntaram centenas de pessoas.

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