Eslovénia derrota Bielorrússia, aliada do Kremlin, na corrida por um assento no Conselho de Segurança da ONU: eleição traduz repúdio generalizado pela invasão da Ucrânia

A Eslovénia, membro da União Europeia, derrotou a Bielorrússia, país aliado de Moscovo, esta terça-feira, por um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas a partir de janeiro de 2023: a eleição por voto secreto na Assembleia Geral de 193 membros, que refletiu a forte oposição global à guerra da Rússia contra a Ucrânia, premiou a Eslovénia, que recebeu 153 votos, enquanto a Bielorrússia obteve 38 votos.

“Os Estados-membros da ONU sem dúvida decidiram que os graves abusos dos direitos humanos cometidos pela Bielorrússia e a ocultação das atrocidades russas na Ucrânia a desqualificam para servir no Conselho de Segurança, um órgão crucial para salvaguardar os direitos humanos”, sustentou Louis Charbonneau, diretor da ‘Human Rights Watch’ das Nações Unidas.

Os outros países eleitos para o Conselho de Segurança para mandatos de dois anos, que não enfrentaram oposição, foram a Guiana, com 191 votos, Serra Leoa com 188 votos, Argélia com 184 votos e Coreia do Sul com 180 votos.

Os cinco novos membros do Conselho de Segurança vão iniciar os seus mandatos a 1 de janeiro, substituindo os cinco países cujos mandatos de dois anos vão terminar a 31 de dezembro – Albânia, Brasil, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos. Vão juntar-se aos cinco membros permanentes do conselho com poder de veto – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França – e aos cinco países eleitos no ano passado: Equador, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, Tanja Fajon, garantiu que ficou surpreendida com o apoio ao seu país, salientando que provou que a Eslovénia convenceu a grande maioria de que pode ser “um parceiro confiável”.