Ensaio: Skoda Kodiaq 2.0 TDI 150 CV DSG: Ser diferente e saber ousar
Por Jorge Farromba
A SKODA surge no mercado com produtos do grupo VW mas que depois inflecte em alterações específicas, próprias do seu ADN enquanto marca e onde tenta sempre incluir aquelas soluções simples mas inteligentes e que não passam somente pela inclusão do guarda-chuva na porta do condutor ou pela espátula para os vidros para retirar o gelo. Mas já lá vamos!
Assente na plataforma MQB do Grupo Volkswagen, o Kodiak apresenta neste facelift um posicionamento mais moderno e encorpado, fruto de uma grelha mais verticalizada (e negra) e também de um capot mais sobrelevado recriado a partir do capot do motor. Certo é que estas pequenas alterações ofercem um ar mais musculado, robusto e, ao mesmo tempo elegante.
A incorporação do negro tanto nos para-choques como ao longo de todo o exterior ajudam a essa recriação de viatura robusta.
No interior, encontramos um desenho tipicamente alemão – minimalista – de traços simples mas elegantes, com materiais de qualidade superior e pautados por muitos plásticos moles.
A posição de condução deste SUV de 7 lugares é alta, com bancos desportivos integrais de ótimo apoio lateral, elétricos e com memória, forrados num tecido sustentável que imita a alcântara.
O ecrã central utiliza um software próprio, muito intuitivo e “simply clever” e por baixo dele alguns botões táteis, por exemplo, o da climatização. Na consola central mais alguns botões – um deles, o modo de condução – ECO, Normal, Sport e Individual – que não muda somente a iluminação do painel de instrumentos digital mas também as luzes interiores de conforto do habitáculo, bem como as parametrizações do motor e caixa. E são estas algumas das alterações que a SKODA gosta de personalizar nos seus veículos face aos primos do grupo.
Modelo com um imenso espaço interior, com os bancos da 2ª fila com várias possibilidades de regulação das costas e em podem ser ajustados individualmente para a frente ou para trás para criar o espaço de pernas ideal para os passageiros da segunda e da terceira fila de bancos. Nesta versão Sport Line conta também com um teto de abrir elétrico.
E, em estrada?
Com a caixa DSG de 7 velocidades e patilhas no volante, com a possibilidade de colocação da caixa no modo D ou Sport e opções de mudar os modos de condução (Eco, normal, Sport, individual) conseguimos uma multiplicidade de combinações para viajar. E, que viagem, pois o Kodiak é confortável sem ser bamboleante.
Mesmo com esta panóplia de opções para escolher a melhor solução de viagem, em qualquer uma o já celebre motor de 150cv responde com eficácia para locomover os 1.800kg, seja numa toada mais familiar ou mais “desportiva”, onde podemos alterar a sua postura, parametrizando-o de modo diferente utilizando as patilhas. O certo é que o mesmo responde bem e não adorna em demasia – o normal num veículo com um centro de gravidade alto – com travões potentes e com um bom chassis equilibrado percetível sobretudo em travagens em apoio.
Os consumos revelam-se interessantes – 6.3l até uns 6.9l (com utilização urbana).
Algumas notas interessantes podem ser feitas à câmara traseira com visibilidade alargada, que nos dá um conforto enorme na hora de efetuar qualquer marcha-atrás.
Em resumo, o Skoda Kodiak faz o pleno. Apresenta-se como um produto de desenho atual, com as últimas novidades tecnológicas, com soluções retiradas do grupo VW, com soluções criativas no software e nalguns detalhes, com muitos espaços para arrumação e confortável.
Preço final: 39.000€ (versão ensaiada 52.500€) – lista de equipamento de série muito completa, na qual se incluem sensores de chuva, luminosidade, ar condicionado bi-zona, airbag para o joelho do condutor, cruise control, câmara, teto abrir, bancos desportivos integrais elétricos e com memória, caixa DSG, 7 lugares e Classe 1 nas portagens.