Ensaio. Opel Mokka-e: o arrojo da forma e da tecnologia em modo elétrico
Por Jorge Farromba
O Mokka encarna na íntegra o que a comunicação da marca a ele se refere – ousadia. Num tempo em que muitas marcas mantêm uma linha idêntica dos seus modelos, o Mokka distingue-se, mantendo a identidade visual Opel mas ousando em detalhes que cativam, desde a parte dianteira com um desenho clean e minimalista que transmitem robustez e com uma assinatura luminosa Intelli-Lux Led Matrix, iluminação que se adapta automaticamente para proporcionar a melhor visão.
Possuidor de uma maior altura ao solo, onde o traço recorda o Opel Manta numa interpretação futurista e um estilo coupé, a sua plataforma CMP é a do grupo Stellantis,com o motor elétrico dos seus primos com os 136 cv e o pack de baterias de 50 kWh que lhe garante até 340km de autonomia.
Já no interior a marca segue também uma abordagem distinta ao configurá-lo baseado no seu ADN. Para isso, mesmo contando somente com alguns plásticos moles, o interior sobressai pelos dois monitores (painel de instrumentos e ecrã central, unidos e voltados para o condutor e debruados por um plástico de cor arrojada que retira muito do cinzentismo de vários interiores das marcas).
Também o próprio porta-luvas tem um desenho retilíneo que permite criar maior espaço a bordo.
O modo como a marca criou o tablier teve impacto direto na correta posição de condução e legibilidade e usabilidade dos vários comandos, a par dos bancos cómodos que já são apanágio da marca, assentes sobre as baterias.
E, em estrada?
Mesmo com uma posição de condução mais elevada o Mokka sobressai pelo comportamento e pelo conforto a bordo. É um modelo fácil de conduzir, intuitivo, mas sobretudo prático (rapidamente nos sentamos a bordo e iniciamos viagem sem ter uma curva de aprendizagem e isso é meritório).
Na minha viagem de Lisboa para Porto Covo deu para experimentar os vários modos de condução, onde por uma questão de autonomia configurei-o para o modo ECO (deixei o desportivo e o confort) para a vila piscatória.
Sabendo que as baterias em AE se esgotam com maior facilidade, resolvi parar um pouco numa área de serviço e em 20 minutos fiquei com carga mais do que suficiente para chegar ao destino, apreciando o conforto e o comportamento nas estradas nacionais de Sines e Porto Covo, mesmo algumas em pior estado, que trouxeram ao de cima as qualidades do modelo alemão.
Em resumo, este elétrico da Opel é mais direcionado para uma utilização urbana ou citadina, mas também não se inibe perante longas viagens adaptando a condução (e velocidade), apostando num fiável simulador da Opel (com velocidade, temperatura do ar e autonomia pretendida) e, obviamente, utilizando os vários pontos de carregamento que o país possui.
Desde € 37.980