“É possível uma empresa de tabaco adaptar-se para promover a saúde”, diz Rui Minhós, Administrador da Tabaqueira

Rui Minhós, Administrador da Tabaqueira, levou a palco o exemplo de transformação da Tabaqueira com o desenvolvimento de produtos “totalmente Inovadores” que ajudam a promover a saúde das pessoas na sua apresentação “Inovar por um futuro melhor”.

Um dos produtos totalmente inovadores foi lançado recentemente pela Philip Morris, empresa-mãe da Tabaqueira, depois de um desenvolvimento que seguiu os mesmos passos que a indústria farmacêutica adota na elaboração de um novo equipamento.

O tabaco aquecido foi um produto que veio apoiar na redução do impacto que o tabaco tem na saúde dos fumadores, estando comprovado que o seu consumo reduz em até 85% o potencial de geração de problemas de saúde.

Ao longo dos últimos anos a Philip Morris desenvolveu diversos protótipos de produtos, que mostraram o que o fumador procurava. “Hoje temos um produto que leva a que muitos fumadores tenham abandonado totalmente os cigarros”, disse Rui Minhós.

Atualmente, 30% das receitas líquidas totais da empresa são provenientes de produtos sem fumo.

Este é apenas um dos desenvolvimentos que foi possível graças a um grande investimento de uma empresa “altamente tecnológica”. Rui Minhós mostrou que foi feito um investimento de 7,9 milhões de euros em desenvolvimento, substanciação científica e comercialização de produtos inovadores sem fumo para adultos que, de outra forma, continuariam a fumar.

“A direção certa para a transformação foi a questão da sustentabilidade”, sublinhou Rui Minhós, acrescentando que a empresa cedo percebeu que tinham de inovar.

E nesta senda de inovação, está a ser estudada a possibilidade de lançamento de um novo produto que vai impedir que os menores de idade consumam produtos de tabaco. Rui Minhós explicou que está a ser desenvolvida uma tecnologia que faz com que os produtos venham bloqueados de fábrica e que em Portugal sejam apenas desbloqueados com chave digital móvel.

Para além desta inovação, o espetro da empresa vai mais além de produtos de tabaco e nicotina. A Philip Morris adquiriu no ano passado três empresas do setor farmacêutico, que geraram a Vectura Fertin Pharma, que tem como propósito adaptar as terapias existentes em cada uma das empresas que lhe deram origem para dar resposta às necessidades de clientes e pacientes.

“A Phillip Morris quer deixar de comercializar cigarros, e é possível” em 10 ou 15 anos, disse o Administrador da Tabaqueira, explicando que o Japão foi o primeiro país do mundo onde foi lançado o produto de tabaco aquecido e até 2019 o consumo de cigarros reduziu 15%, tendo desde aí se assistido aos primeiros impactos na saúde.

“É possível uma empresa de tabaco adaptar-se para promover a saúde”, destaca.

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