Crise no Kremlin: Ucrânia aproveita rebelião para ganhar terreno e acelerar recrutamento
O Kremlin vive um momento de crise interna, após a rebelião do grupo Wagner, liderado por Yevgeny Prigozhin, que terminou com um acordo de que este irá viver para a Bielorrússia, mediado por Lukashenko, Presidente bielorrusso.
As forças ucranianas aproveitaram a ‘distração’, para, segundo Kiev, ganhar 130 quilómetros quadrados a sul. No entanto é no leste que os conflitos são mais cerrados, com mais de 200 combates, segundo o Ministério da Defesa, só na última semana, entre as forças ucranianas e as tropas russas, pelo controlo de Bakhmut ou Lyman.
A Ucrânia parece querer aproveitar ao máximo os potenciais efeitos da crise enfrentada por Putin na Rússia: segundo noticia o canal ucraniano TSN alguns centros territoriais de recrutamento local emitiram ordens a dar conta de os recrutas de apresentarem para serviço militar em 10 dias.
O aviso foi publicado pela página de Facebook do centro do distrito de Oblon, em Kiev, também depois colado nas janelas do edifício.
O responsável do centro de recrutamento em questão explica que a ordem foi emitida no âmbito da continuação da Lei Marcial e da mobilização geral na Ucrânia.
“Todos os jovens recrutas residentes no distrito de Oblon de Kiev, que tenham ordens de mobilização, ou que tenham recebido intimações pessoas, devem comparecer nas datas e endereços especificados nas suas ordens de mobilização, intimações ou outros documentos”, explicou, sem adiantar mais detalhes.
A ordem inclui um aviso de que quem desrespeitar o prazo arrisca uma pena de prisão entre três e cinco anos.
AO mesmo tempo, após reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, a UE anunciou mais 3,5 mil milhões de euros para o fundo europeu para a paz, que reforçará a ajuda à Ucrânia. Também a Austrália anunciou um novo pacote de auxílio de 67 milhões de euros, e Zelensky falou com Joe Biden, presidente dos EUA, para discutir o fornecimento a Kiev de armas de longo alcance.