Crise energética: Petróleo volta a fluir em oleoduto ucraniano depois de Hungria pagar dívida da Rússia

No início desta semana, a Transneft, empresa russa responsável pelo transporte de energia, afirmou que, no dia 4 de agosto, tinha sido suspenso o envio de petróleo da Rússia para a Hungria, Eslováquia e República Checa, através do trecho sul do oleoduto Druzhba, gerido pela Ucrânia.

A interrupção do abastecimento foi causada por um problema com um pagamento da russa Gazprom à ucraniana Ukrtransnafta, que gere o oleoduto. A Gazprom explicou que no dia 22 de julho pagou pelo fornecimento de agosto, mas que a transferência foi cancelada seis dias depois. A Rússia apontou que a impossibilidade do pagamento se deve às sanções aplicadas pela União Europeia aos bancos russos, que dificultam as operações interbancárias.

O braço sul do oleoduto Druzhba é responsável por enviar cerca de 250 milhões de barris diários para esses três países da União Europeia. A interrupção do fornecimento intensificaria a crise energética que tem vindo a ganhar força no continente, à medida que Moscovo aplica cortes sucessivos aos volumes de gás que envia para os Estados-membros.

Contudo, o pior cenário parece ter sido evitado, pois a maior empresa do setor do petróleo na Hungria, a MOL Nyrt, avançou já ter feito o pagamento em falta à Ukrtransnafta, com o consentimento da Rússia.

A entidade húngara esclarece, em comunicado publicado esta quarta-feira, que a retoma do envio de petróleo pelo Druzhba é o resultado de negociações que realizou com ambos os lados e confirma que fez o pagamento que estava em falta para que a Rússia possa usar o oleoduto ucraniano e fazer chegar petróleo à Hungria, à República Checa e à Eslováquia.






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