Criptomoedas & DeFi: No último semestre os piratas informáticos roubaram mais de 150 milhões de euros, 10 vezes mais que no período anterior
Durante o último trimestre de 2020 e o primeiro deste ano, a Comissão Federal de Comércio dos EUA recebeu inúmeras queixas relativas a fraudes com criptomoedas, perfazendo mais de 80 milhões de euros em perdas, um valor 10 vezes superior, ao semestre anterior.
Por norma, e de acordo com esta entidade contactada pelo ‘Wall Street Journal’, os criminosos operam por via das redes sociais, mas também através da criação de sites autónomos com alegadas plataformas de criptomoedas que nada mais são do que um embuste, como é um exemplo “o LUB TOKEN”, um site que se comprometia com um retorno diário de 10% para quem aderisse a uma nova alegada moeda digital nova, chamada de “LUB”.
O site foi entretanto extinto, sendo que as autoridades australianas, uma das responsáveis por investigar e julgar o caso, acreditam que as vítimas desta suposta Exchange tenham perdido no total mais de 85 milhões de euros.
Face a este tipo de situações fraudulentas, centenas de pessoas com histórias semelhantes uniram-se em grupos do Telegram, como o “LUB Token = SCAM!!!” . Um administradores do grupo, sob o nome fictício “Tobias”, contactado pelo ‘Wall Street Journal’, estima que, só na Alemanha, as vítimas deste esquema fraudulento tenham perdido 1,5 milhões de euros.
Segundo a CipherTrace, o DeFi, um termo para vários serviços financeiros – como empréstimos, negociação de ativos ou seguros realizados através da tecnologia de blockchain – está a ser o principal alvo desta pirataria informática.
Ao todo, entre janeiro e abril, os criminosos especialistas em DeFi roubaram cerca de 82,1 milhões de euros, revelou Dave Jevans, CEO da CipherTrace, em declarações ao ‘WSJ’.