Credit Suisse alerta para perdas com colapso de um ‘hedge fund’ nos EUA
O Credit Suisse revelou hoje que pode enfrentar “perdas significativas” no primeiro trimestre deste ano que têm a ver com a alienação por parte do banco de posições num “hedge fund” nos Estados Unidos.
Com este anúncio, as ações do Credit Suisse chegaram a cair 13% no início da sessão de hoje na bolsa de Zurique.
O banco suíço e, antes deste, o banco japonês Nomura, comunicaram ao mercado estarem expostos a um “hedge fund”, apesar de não terem identificado o investidor norte-americano.
O Nomura afirmou, contudo, que reclama deste cliente 2.000 milhões de dólares (1.700 milhões de euros), se bem que a estimativa possa ser sujeita a revisão.
No entanto, o Financial Times avançou que se trata da Archegos Capital Management, uma gestora de patrimónios familiares (“family investment office”), que liquidou ativos no valor de 20.000 milhões de dólares (16.000 milhões de euros).
A Archegos Capital é uma gestora de patrimónios familiares (“family investment office”) que investe em ações com operações alavancadas, ou seja, que recorrem a empréstimos, e que entrou em colapso.
Tanto o Credit Suisse, como o Nomura, prestavam serviços de intermediação à Archegos, que, segundo fontes citadas pelo jornal britânico, também tinha o mesmo tipo de ligação a outros grandes bancos, caso da Goldman Sachs e do Morgan Stanley.
Archegos Capital é gerida por Bill Hwang que estará também envolvido na venda vários blocos de ações na bolsa de Nova Iorque na sexta-feira, indicou a Bloomberg citando fontes próximas das operações.
Bill Hwang foi analista de ações na Tiger Management, criou e geriu o fundo de cobertura de risco Tiger Asia entre 2001 e 2012 e atualmente é presidente executivo da Archegos Capital Management, que também fundou.