Covid-19: Senado dos EUA aprova plano histórico de ajuda à económica
O Senado norte-americano aprovou hoje um plano histórico de dois biliões de dólares (1,8 biliões de euros) de apoio à primeira economia mundial, asfixiada pela pandemia da covid-19.
Apoiado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e após difíceis negociações entre os senadores e a Casa Branca, o texto foi adoptado com o apoio de democratas e republicanos.
Este plano tem ainda de ser aprovado pela Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, na sexta-feira, antes de ser promulgado por Trump.
A intenção é aliviar uma economia que está a evoluir para uma recessão, ou pior, e uma nação que enfrenta um custo pesado de uma infecção que já provocou 20 mil mortes a nível mundial.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, questionado sobre qual o período de tempo que a economia se manteria à tona de água (sem entrar em recessão), graças às medidas, respondeu: “Antecipamos três meses. Mas esperamos que não vamos precisar disto [as medidas] tanto tempo”.
A evidenciar a dimensão do conjunto de meios envolvidos, o financiamento das medidas é igual a metade do orçamento anual federal.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 240.000 infectados, é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.
Os países mais afectados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.077 mortes num total de 27.017 casos, a França, com 1.331 mortes (25.233 casos), e os Estados Unidos, com 827 mortes (mais de 60.000 casos).
O continente africano registou 69 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.631 casos.
Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.