Covid-19: Petição com mais de 4 mil assinaturas pede testagem em massa da população

Surgiu recentemente uma petição que já conta com mais de 4200 assinaturas que apela à testagem massiva da população, com testes rápidos, de modo a detetar e a isolar o mais rápido possível os casos positivos.

“Os testes rápidos são a solução para contornar a escassez das vacinas para a covid-19 e reduzir drasticamente a transmissão até à primavera”, defende a petição, que é dirigida ao Ministério da Saúde, ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e também à Assembleia da República.

“Portugal enfrenta um desafio gigantesco nos próximos meses” e tem de “ambicionar voltar a ter o controlo sobre o vírus”. Neste sentido, os signatários que incluem, por exemplo, o médico de saúde pública Bernardo Gomes e o intensivista Gustavo Carona, consideram que há uma “alternativa para Portugal”.

Essa alternativa passa exatamente pela “implementação de um sistema de testagem rápida com testes de antigénio a vigorar em concelhos acima de uma determinada prevalência de infetados”, lê-se no texto da petição. Assim, em vez de confinar as pessoas, elas poderiam “continuar a circular na posse de um teste negativo, não obstante a imperiosa manutenção de todos os cuidados sanitários”, como o uso de máscara e o distanciamento físico.

Os testes de antigénio apresentam várias vantagens: são rápidos, mais fáceis de administrar e são relativamente baratos, indicam ainda os signatários do documento. “Começam a detetar a infeção 3 a 5 dias depois do contágio”. “Dando positivo, o teste pode ser imediatamente reconfirmado e depois o paciente encaminhado para o rastreio epidemiológico em vigor. Dando negativo, a pessoa mantém a sua vida normal, voltando a ser testada na semana seguinte, até à prevalência do concelho descer”.

Além da petição, o grupo enviou também uma carta aberta a Marcelo Rebelo de Sousa, a António Costa e ao Governo. A carta foi ainda reencaminhada para o gabinete da ministra da Saúde, Marta Temida, no entanto, não obteve resposta.

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