Covid-19 faz duplicar risco de saídas da zona euro. Itália lidera lista mas Espanha também preocupa
O risco de desmembramento da zona euro subiu em março para 13,43%, mais do dobro do registado no final de 2019, segundo o índice Sentix divulgado,esta terça-feira pela, consultora alemã.
Esta análise mensal (feita a 1000 investidores institucionais e do retalho, entre 26 e 28 de março) destaca que o maior risco na zona euro está, agora, centrado na Itália, com uma probabilidade de saída do euro mais de três vezes superior à da Espanha e da Grécia.
A percentagem de investidores institucionais e do retalho que acham que a zona euro corre o risco de se poder desmembrar nos próximos 12 meses subiu em março para 13,43%, segundo o índice da consultora alemã Sentix, especializada em finança comportamental.
Segundo apurou a consultora germânica, este índice está, agora, em mais do dobro do final do ano passado, quando apenas 6,4% dos inquiridos achavam que a zona euro poderia fragmentar-se. Ainda em novembro, o índice tinha descido para o ponto mais baixo da série iniciada em 2012, registando 5,2%.
Os resultados deste índice mostram que os investidores temem, agora, que o financiamento necessário para enfrentar a crise do coronavírus se venha a tornar um sério problema, sobretudo para Espanha e Itália, “colocando em causa a estabilidade do euro”,.
Recorde-se que este risco atual está muito longe do máximo registado em julho de 2012 – no mês em que Mario Draghi garantiu que o Banco Central Europeu faria tudo o que fosse necessário para segurar o euro – em que 73% do painel dava como certa alguma saída da zona euro, em virtude da crise das dívidas soberanas. Com todas as atenções a cair sobre a Grécia que liderava então esse risco.