Covid-19. Congresso norte-americano aprova gigantesco pacote de estímulos financeiros

Após três horas de debate intenso, o Congressp norte-americano aprovou a Lei de Ajuda, Ajuda e Assistência Económica a Coronavírus (CARES), esta sexta-feira, enviando agora o projeto de lei à Casa Branca para o presidente Donald Trump aprovar um conjunto de estímulos na ordem dos 2 triliões de dólares para que a economia responda à crise fruto da pandemia da Covid-19.

A Lei da CARE ficou presa no Senado com os democratas a exigir proteções mais fortes para os trabalhadores e maior transparência sobre como as empresas receberiam empréstimos.  Após dias de negociação entre a Casa Branca e a liderança do Senado, o projeto foi aprovado por unanimidade na noite de quarta-feira passada.

O alívio estabelecido na medida inclui pagamentos diretos de 1.200 dólares a milhões de cidadãos americanos, subsídios de desemprego reforçados e centenas de milhões de dólares em empréstimos para empresas em dificuldades.

Esta pacote aloca 50 mil milhões de dólares especificamente às companhias aéreas de passageiros. Esta indústria foi uma das primeiras a enfrentar os efeitos económicos devastadores do coronavírus, pois as medidas de contenção desaceleraram as viagens domésticas e limitaram os voos internacionais. As companhias pediram ajuda ao governo federal para evitar insolvências a curto prazo.

As pequenas empresas – aquelas com 500 funcionários ou menos – receberam 367 mil milhões em financiamento de emergência. As empresas vão ser apoiadas na manutenção da tesouraria, pagamentos e custos operacionais que podem até ser perdoados se as empresas afetadas atenderem a requisitos específicos.

Aproximadamente 100 mil milhões de dólares são alocados a hospitais e unidades de saúde para que possam melhorar a sua resposta à propagação da pandemia de coronavírus. Sem definir o montante, mas certamente na casa dos milhões, será direcionada uma quantia avultada para testes e equipamentos, e folha de pagamento adicional.

A legislação também expande os benefícios do desemprego, oferecendo 600 dólares adicionais, por semana, aos pagamentos dos subsídios já em curso, por quatro meses. Este auxílio chega numa altura em que os pedidos de subsídio de desemprego atingiram níveis recorde, tendo atingido, na semana passada, quase 3,3 milhões.

 

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