Coronavírus paralisa IPOs por todo o mundo

A pandemia de coronavírus já conseguiu afetar e desacelerar as empresas que foram abertas no primeiro trimestre do ano em todo o mundo, devido sobretudo às dificuldades sentidas nos dois primeiros meses. Ainda assim, conseguiram mobilizar empréstimos no valor total de 28,5 mil milhões de dólares.

De acordo com o relatório “Tendências globais de IPO” da consultoria Ernst and Young (EY), “foi observado o aumento esperado na atividade de IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial)  nesta primeira parte do ano, depois dos números positivos do último trimestre de 2019, afetado pelo impacto global da covid-19”.

A região da Ásia-Pacífico, neste trimestre, registou 160 IPOs que levantaram 16,8 mil milhões de dólares, seguindo-se os Estados Unidos com 40 IPOs por 8,2 mil milhões, enquanto os mercados na Europa, Médio Leste Médio, Índia e África registaram 35 operações por 3.500 milhões de dólares.

Por setores, destacam-se a tecnologia (40 IPOs) e o setor da saúde (30 IPOs).

O relatório dá ainda nota de que se espera que, “após um primeiro trimestre historicamente lento devido ao impacto que da covid-19, a atividade das IPO aumente já no segundo semestre, graças ao apoio dos bancos centrais e às medidas implementadas pelos próprios governos”.

Em anális às IPOs, considerando que começaram “fortemente nos dois primeiros meses do ano, mas as incertezas sobre o impacto real da covid-19 causaram grande volatilidade nos mercados”, a consultora Rosa María Orozco, ao Expansion, acrescenta ainda que, todpo este cenário, “faz com que qualquer plano de abertura de capital agora seja algo realmente complexo, dadas as dúvidas existentes”.

No entanto, Orozco apontou que “se a economia mundial conseguir amortecer o impacto e a situação atual não se prolongar muito com o tempo, não seria descabido o aumento da atividade no final do ano”.

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