Clubes de futebol com criptomoedas? Adeptos estão divididos
Com o desporto a enfrentar uma queda nas receitas, causada pela pandemia, muitos são os clubes de futebol que estão a adotar moedas digitais, permitindo que os adeptos votem numa variedade de decisões menores.
Mas os adeptos estão divididos: Se há quem aprecie a nova maneira de interagir com os seus clubes, ajudando até na tomada de decisões – a música tocada no jogo após um golo, ou que imagens usar nas redes sociais, por exemplo -, outros encaram esta opção como “um envolvimento superficial que aumenta o custo já crescente de seguir as suas equipas”, como avança a Reuters.
“Porque é que devemos pagar para dizer qualquer coisa no clube?”, advertiu Sue Watson, presidente da Associação de Apoiadores Independentes do West Ham United, salientando que isso só “aumenta os custos atuais de seguir uma equipa, como comprar bilhetes para a época”.
Entre os clubes que lançaram tokens nos últimos meses está o campeão da liga inglesa Manchester City e o italiano AC Milan. A seleção espanhola já avançou que está nos seus planos lançar um esquema semelhante. A Argentina lançou o seu token na semana passada.
De acordo com um porta-voz oficial do AC Milan, adotar os chamados “fan tokens” (tokes de fãs) “foi um movimento estratégico para aumentar sua presença digital e manter-se mais próximo de seus mais de 500 milhões adeptos em todo o mundo”.
Os tokens podem ser negociados em bolsa, tal como as criptomoedas e os preços, com tendência a variar muito, podem ter pouco a ver com o desempenho em campo.