Ciberataques: Setor energético é um dos focos dos hackers, revela relatório

A S21sec, uma empresa de fornecimento de cibersegurança europeia, divulgou esta segunda-feira o “Threat Landscape Report”, onde dá a conhecer as principais vulnerabilidades e ameaças na primeira metade do ano.

A principal conclusão foi que, o setor da energia tem sido vítima de numerosos incidentes causados por entidades com diferentes motivações, destacando o aumento dos ciberataques destinados a destruir ou paralisar infraestruturas elétricas para causar os maiores danos possíveis. Os ataques mais significativos foram os que ocorreram no mês de fevereiro.

Entre os ataques deste setor, as principais visadas foram as empresas alemãs, belgas e romenas, entre outras, mas além destes, houveram outros incidentes destinados a atacar infraestruturas críticas, tais como o de ransomware que afetou um grande grupo italiano e que deixou inoperativos os seus sistemas de IT.

Para além disso, no mês de fevereiro, a maioria dos ataques registados sobre este sector tiveram como alvo empresas da cadeia de abastecimento, fornecedores e instalações ou sistemas de suporte, desencadeados por cibercriminosos com motivações, principalmente, económicas.

“Devemos ter presente que as infraestruturas energéticas de um país são consideradas infraestruturas críticas e que um ataque contra elas pode representar riscos não só para a empresa atacada, mas também para o público”, refere Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec em Portugal.

Em termos gerais, o estudo da S21sec concluiu que foram, pelo menos, 43 os ataques de ransomware contra empresas do setor da energia desde janeiro de 2022.

Em Portugal, um dos ciberataques com maior impacto ocorreu no mês de maio numa empresa dos Açores e afetou os seus sistemas de informação, nomeadamente o sistema comercial durante vários dias.

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